O QUE EDUARDO BANANINHA SABE DO ESTADO DE SÍTIO?

A decretação de estado de sítio é a nova ameaça vendida junto com a pandemia. Imagina-se que uma medida extrema até poderia estar nos planos de um governante decidido a impor suas determinações em tempos de guerra.

Um líder disposto a fazer cumprir ordens a ferro e fogo, para que a pandemia não fosse subestimada, poderia quem sabe ser seduzido pelo controle absoluto de todos os movimentos da população, da imprensa e das instituições.

Um líder determinado a derrotar a peste, mas eventualmente desafiado em suas intenções, poderia almejar o poder absoluto.

Mas o que temos é um líder inseguro quanto aos próprios planos, ainda incapaz de conseguir provar que levou a pandemia a sério.
Um governante que subestimou a ameaça, depois tentou dizer que caminhava em direção contrária e ontem voltou a chamar a doença de gripezinha.

Um líder que subestima a dor das famílias dos que já morreram em todo mundo e o pavor da morte que agora nos ronda.

Estado de sítio pra quê? Para controlar a imprensa? Tudo é possível, principalmente depois que o ministro da guerra ao coronavírus, Luiz Henrique Mandetta, antecipou que em abril o sistema de saúde entra em colapso.

Bolsonaro teme que o caos, por falta de socorro nos hospitais, leve a uma revolta?

Se estão falando em estado de sítio, é porque algo há. Tanto que Bolsonaro se mostra bem informado sobre o que deve fazer. Ele, que sabe pouco de quase nada, disse ontem:

“Ainda não está no nosso radar isso não, até porque para decretar é relativamente fácil. [Entregar] uma medida legislativa para o Congresso. Mas seria o extremo e acredito que não seria necessário”.

Depois acrescentou:

“Não tem dificuldade em implementar isso. Em poucas horas você decide uma situação como essa, mas acho que estaríamos dando uma indicação de pânico para a sociedade. Por enquanto, está descartado até estudar essa circunstância”.

Essa circunstância, pelo tom da fala, já foi estudada, porque Bolsonaro já sabe até que tudo seria muito fácil.

Congresso e Supremo topariam um estado de sítio como subalternos de Bolsonaro? A grande imprensa que inventou Bolsonaro se ajoelharia de novo diante da criatura?

Sob estado de sítio, o pastor Silas Malafaia seria levado preso por resistir a fechar seus templos, junto com o homem da Havan, que também chegou a manter suas lojas abertas em Santa Catarina?

Por que a ameaça de estado de sítio numa hora dessas? Estado de sítio como suporte para a emergência na saúde pública?

Eduardo Bananinha, o especialista em AI-5 e em jipes com cabos e soldados, deve saber. Fala, Bananinha.

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