O truque escolar de Elio Gaspari

Peço que não me mandem mais um texto que corre de um lado pra outro na internet, com o esclarecimento final de que houve um golpe.

É um artigo da lavra do jornalista Elio Gaspari, que até então andava muito confuso sobre o que aconteceu. Foi publicado na Folha agora, no dia 29.

Formalmente, o golpe começou dia 17 de abril, naquela famosa sessão da Câmara. Fiz as contas. Gaspari demorou 74 dias para ir ao dicionário (um truque escolar de piada do Joãzinho) e descobrir que houve, sim, um golpe.

Seu Mércio, guarda de rua aqui da Aberta dos Morros, me alertou que seria golpe muitos meses antes daquela sessão. Seu Mércio não abre um dicionário há décadas.

Com essa agilidade, se Elio Gapari fosse um mensageiro de notícias ruins aos sobreviventes de uma batalha, todos estariam mortos.

(Os historiadores nos ensinam que o jornalismo deve ser bem observado como protagonista de golpes, porque numa hora dessas tudo o que não existe é neutralidade.)

No meu tempo lá no Alegrete, os jornalistas de opinião eram mais ágeis. E não precisavam recorrer a dicionários para se revelarem tão oportunistas.

 

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