O VÉIO ESTÁ ME PROCESSANDO

Estou sendo processado pelo véio da Havan por textos publicados no DCM. O véio anunciou solenemente na internet os processos, nas áreas cível e criminal, quando expôs meu nome como se fosse o nome de um criminoso procurado.

Quem passa a ser ainda mais procurado é o véio da Havan, depois da notícia macabra divulgada hoje por todos os jornais do Brasil.

O véio está enrascado de novo. E desta vez a acusação não é por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação de contribuições previdenciárias e de impostos.

É muito pior. Ele é acusado de pedir aos médicos da Clínica Prevent que escondessem que a mãe dele havia morrido de Covid, depois de fazer o tal tratamento precoce defendido por Bolsonaro.

O véio da Havan também vai processar a Folha, o Estadão, O Globo, a IstoÉ, o Brasil 247, a Exame, o DCM, o Terra, a Forum? Todos deram a notícia da manipulação do atestado de óbito da mãe do véio.

O véio da Havan vai processar o senador Omar Aziz, que diz ter provas de que ele pediu aos médicos da clínica a alteração do atestado de óbito da própria mãe?

Quem cedeu aos apelos macabros do véio da Havan? A CPI terá de convocar o véio e buscar respostas em dossiês feitos pelos médicos da Prevent.

Abaixo, a íntegra da reportagem da Folha:

FOLHA DE S. PAULO

Mãe de Luciano Hang recebeu ‘kit Covid’, mas prontuário diz que causa da morte foi pneumonia

Constança Rezende e Renato Machado

Documento mostra que Regina Hang recebeu tratamento precoce contra a doença, o que seu filho tinha afirmado que não tinha acontecido

O prontuário médico da mãe do empresário bolsonarista Luciano Hang afirma que ela morreu em consequência de uma pneumonia bacteriana e não cita a Covid-19, motivo pelo qual foi internada na unidade hospitalar Sancta Maggiore (em São Paulo), como causa da morte.

O documento, que tem cerca de 2.000 páginas, foi elaborado pela Prevent Senior, operadora que controla o hospital em que Regina Hang morreu.

Além disso, o prontuário, obtido pela Folha, também relata que a paciente recebeu tratamentos precoces de medicamentos ineficazes contra a doença, como azitromicina, hidroxicloroquina, prednisona e colchicina, antes de morrer.

A informação é dada quando médicos afirmam que Regina apresentou uma evolução grave em seu quadro. “Teve piora ontem, realizada outra TC [tomografia computorizada] de tórax com importante piora de extensão das lesões pulmonares (55% para 90%) e surgimento de lesões sugestivas de infarto pulmonar. Já com anticoagulação plena”, diz.

Os documentos também estão em poder da CPI da Covid. A declaração de óbito da mãe do dono da rede Havan diz que ela morreu no dia 3 de fevereiro deste ano aos 82 anos pelas seguintes causas: “disfunção de múltiplos órgãos, choque distributivo refratário, insuficiência renal, pneumonia bacteriana, síndrome metabólica e acidente vascular cerebral”.

Um dossiê assinado por 15 médicos da Prevent Senior e encaminhado à CPI afirma que prontuários médicos da operadora foram fraudados para esconder as causas da morte de diversos pacientes e para ocultar qual tratamento eles receberam. O diretor-executivo da empresa, Pedro Benedito Batista Júnior, presta depoimento à CPI nesta quarta (22).

Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o empresário dono da rede Havan havia afirmado que sua mãe poderia ter sido salva se tivesse feito o tratamento preventivo da doença.

“Eu sempre falo: não podemos mais cuidar de quem morreu, mas podemos cuidar de quem está vivo. Tome a decisão acertada. Eu me cobro hoje que eu poderia ter salvado a minha mãe, de repente, se eu tivesse feito o preventivo, será que nós não poderíamos ter feito isso? E agora eu fico me perguntando, e se eu tivesse feito, será que ela não estaria viva? Reflita. Obrigado”.

Procurado pela Folha, ele não se manifestou até a publicação deste texto.

Houve ainda tratamento de ozonioterapia retal, prescrito por médicos particulares e não vinculados à operadora, segundo relatou a própria Prevent Senior em um processo movido contra médicos que denunciaram à empresa ao Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).

Um deles foi feito quatro dias após a sua internação, pela médica Maria Emilia Gadelha Serra, que ficou conhecida após aparecer num vídeo publicado no YouTube em que tirou dados de infecções entre vacinados de contexto e citou informações de efeitos adversos pós-vacinação que não tinham confirmação técnica —como que componentes das vacinas causariam demência.

Maria Emilia aplicou ozonioterapia em Regina com ela intubada havia 22 horas, em pronação e sedada. “Realizados procedimentos de Ozonioterapia, sem intercorrências”, “Insuflação retal de ozônio medicinal – 270 mL em 40 mcg/mL”, completa. Ela também recomendou vitamina C à paciente e reavaliação em 24 horas.

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta quarta que a comissão tem provas de que o empresário Luciano Hang pediu para que os médicos que trataram sua mãe não divulgassem que ela teria sido medicada com o chamado “kit Covid”.

Hang é um dos principais defensores do chamado tratamento precoce, com medicamentos sem eficácia comprovada para tratar a Covid-19.

“Há uma farsa que essa comissão provará que aconteceu. Infelizmente. Porque um filho que utiliza dessa forma a sua mãe, com Covid no hospital com os medicamentos do tratamento precoce. E nós temos comprovação e ele recomendou a médicos ‘olha, escondam que a minha mãe foi tratada com cloroquina para não desmerecer a eficácia do plano”, disse o relator.

Renan em seguida classificou essa situação como “uma coisa macabra, vergonhosa, reprovável, repugnável sob qualquer aspecto”.

O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Hang levou sua mãe, de Santa Catarina para São Paulo, justamente para que ela fosse tratada com o “kit Covid”. “O senhor [Hang] é um homem de posse e colocaria a sua mãe e levaria para a lua para salvá-la.”

“Ele teria condições de alugar um foguete para a lua. Ele levou para a Prevent Senior, que não é um dos melhores hospitais de São Paulo”, completou.

No caso de Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang, o documento aponta que ela usou o chamado “kit Covid”, contrariando declaração de seu filho após a sua morte.

“O prontuário médico da sra. Regina Hang prova que ela usou o kit antes de ser internada e que repetiu o tratamento durante a internação, assim como registram que seu filho, o sr. Luciano Hang, tinha ciência dos fatos”, aponta o documento.

“Como outros tantos casos de óbitos na rede Prevent Senior decorrentes da Covid-19 que não foram devidamente informados às autoridades, a declaração de óbito da sra. Regina Hang foi fraudada ao omitir o real motivo do falecimento”, completa o arquivo.

6 thoughts on “O VÉIO ESTÁ ME PROCESSANDO

  1. Força Moisés!!

    O cerco está se fechando em torno da extrema-direita. denúncias apresentadas pela CPI do genocídio mostram fortes suspeitas de práticas semelhantes àquelas dos campos de extermínio nazistas. Testes em humanos, fraudes processuais, ameaças, adesão de parte da classe médica ao morticínio mostram as profundezas do inferno nas quais mergulhou o país.

  2. Moisés, quanto ao processo, boa sorte, pois da justiça nem se sempre se obtém… justiça. Acredito que eles vão seguir na mesma cantilena do depoente e agora investigado diretor de Prevent Senior, que a doença foi alterada por que depois de 14 dias não era mais contagiosa e logo não era mais a doença. É como o cara sofrer um acidente de carro e entrar em coma, se morrer a a causa mortis para este pessoal seria por que o sujeito estava em coma e não por que sofreu múltiplos traumas decorrentes do acidente. As seguradoras vão adorar esta lógica. Imagina só vem um vendaval e destelha toda a casa, dai a seguradora alega que não foi o vendaval o responsável e sim as telhas que cairam. A cara de pau ou irresponsabilidade desta gente não tem limite para confundir causa e efeito de maneira banal.

  3. Caro Moisés, meu nome é Guilherme Howes, sou professor da Unipampa Livramento, acompanho seu trabalho e quem me alertou sobre seu post foi um colega do ifsul. Ontem também me chegou um processo movido pelo sr havan. Estou me movendo com os advogados do sindicato ao qual pertenço, mas gostaria de trocar uma ideia com você, abçs

  4. Nem é questão política: esconder a verdadeira causa da morte da mãe, foi para que pudesse receber o valor do seguro de vida. ao que consta,as seguradoras não pagam aos beneficiarios, em caso de óbitos por pandemias.

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