OS ÁRABES, BOLSONARO E AS GALINHAS

Quatro frigoríficos do Rio Grande do Sul estão entre os 11 que deixam de vender carnes de aves à Arábia Saudita.

Os compradores não querem mais o produto brasileiro, não se sabe se só agora ou para sempre.

E ninguém sabe os motivos, muito menos a diplomacia que sempre atacou parceiros comerciais.

Desses 11 frigoríficos, seria bom saber em quantos seus donos e diretores (e funcionários) têm adoração pela diplomacia de Bolsonaro.

Vale a mesma pergunta para os líderes do agronegócio e seus liderados que apoiam a guerra burra de Bolsonaro contra a China.

Não pensem que são apenas os grandes latifundiários e granjeiros. Há muita gente com meio palmo de terra e meia dúzia de porcos que se acha grande e que apoia os ataques da família Bolsonaro contra o principal comprador da soja que eles produzem.

O reacionarismo está muitas vezes acima das questões envolvendo dinheiro no meio rural, mesmo que as duas coisas estejam quase sempre relacionadas.

O reacionário muitas vezes perde clientes e dinheiro para continuar sendo reacionário, por mais irracional que isso pareça.

E agora o anticomunismo e o antipetismo se misturam à religião que tem Deus acima de tudo e Bolsonaro acima de Deus.

Se os chineses decidirem um dia suspender a compra da soja, o agricultor reaça vai ficar com Bolsonaro.

Esses são os frigoríficos ameaçados de perder os clientes árabes, se os compradores não voltarem atrás na suspensão das importações:

– 5 unidades da Seara Alimentos: em Amparo (SP), Brasília (DF), Campo Mourão (PR), Caxias do Sul (RS), Ipumirim (SC).
– 3 da Vibra Agroindustrial: Itapejara D’Oeste (PR); Pato Branco (PR) e Sete Lagoas (MG).
– 2 da JBS: em Montenegro (RS) e Passo Fundo (RS);
– 1 da Agroaraçá: em Nova Araçá (RS).

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E O FASCISMO AVANÇA
As reações ao genocídio estão sempre aquém das monstruosidades cometida por Bolsonaro todos os dias.

As reações às ameaças de golpe de Bolsonaro estão muito aquém do crime que pai e filhos repetem sem parar.

As reações à chacina do Jacarezinho estão muito aquém do terror da matança cotidiana de pobres e negros.

As reações à destruição do país pela extrema direita estão sempre aquém da devastação da economia, da saúde, da educação.

O fascismo sabe que avança diante de reações esparsas, pontuais, às vezes estridentes, mas quase sempre inconsequentes, num país sob controle de uma família protegida por militares, grileiros, banqueiros, grandes empresários e milicianos.

One thought on “OS ÁRABES, BOLSONARO E AS GALINHAS

  1. China não dorme no ponto. Já vem desenvolvendo mercados e negócios na África e, em pouco tempo, não mais dependerá da soja Brasileira. E alguém acha Que o preço aqui dentro vai baixar porque existe muita oferta? Sendo nosso empresariado muito canalha, o povo morrerá de fome.

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