OS BOMBACHUDOS, A PESTE E O BOLSONARISMO

O líder dos prefeitos que ameaçaram se rebelar contra as medidas de contenção no Rio Grande do Sul deve fazer uma lista dos parceiros que decidiram boicotar as decisões do governo do Estado contra a pandemia.

Todos os bombachudos negacionistas devem dar o nome e mostrar a cara. Em nome da transparência.

A direita precisa ser mais valente na hora de defender posições ultrajantes, como essa de colocar os negócios à frente da saúde coletiva.

A pandemia vai expondo o caráter que a política gaúcha construiu nos últimos anos. Muitos estão próximos do fascismo. Mas precisam assumir que estão.

A rebelião, aqui e em outros Estados, coloca governadores frouxos em confronto com Bolsonaro e com os prefeitos. Não são poucos os governadores que decidiram recuar, diante da pressão do poder econômico e dos negacionistas.

E a rebelião acontece no momento em que a pandemia perde força nos grandes centros e se dissemina pelas cidades do Interior e pelas periferias. O coronavírus começa a matar mais pobres do que a classe média que se encarregou de espalhar a peste.

Prefeitos são, em maioria, a expressão do conservadorismo brasileiro, não só no Rio Grande do Sul. E agora são mais do que conservadores, são reacionários que pensam como Bolsonaro.

As cidades foram tomadas pelo bolsonarismo, mesmo que disfarçado. Os que batem na mesa só copiam o líder na afronta ao comando dos Estados e ao Ministério Público.

Mas a maioria se encolhe na hora de mostrar a cara, até porque foram enquadrados pelo Ministério Público. Tente descobrir, em meio às notícias sobre a rebelião, quem são de fato os rebelados. Poucos aparecem, mesmo que aparentemente a maioria tenha decidido enfrentar o governador.

O Rio Grande do Sul é há muito tempo modelo de grossura a toda Terra. Com o bolsonarismo, é modelo de atraso. A idiotia política da ideologia do relho também é nosso modelo de exportação.

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A BOLA E A VACA
“A bola é de couro, o couro vem da vaca, a vaca come grama. Então, bola na grama e segue o jogo.”

Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, tentando imitar o ‘filósofo’ do futebol Neném Prancha para dizer que vivemos uma situação de normalidade política.

De constranger a alma dos generais ditadores. O que um Geisel pensaria da filosofia da vaca?

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