OS EMPRESÁRIOS SABEM O QUE ESPERAVA LUIZ FUX EM BENTO?

O cancelamento da palestra do ministro Luiz Fux, em Bento Gonçalves, por causa das ameaças de empresários e grupos bolsonaristas, é mais uma prova de que o Rio Grande do Sul tem fascistas que servem de modelo a toda Terra.

Até Fux desistiu do evento porque, por falta de segurança, se sentia ameaçado, o que é inédito em episódios envolvendo um ministro do Supremo.

A Folha deixa claro, em reportagem sobre a sabotagem ao evento, que o banco Sicredi está envolvido no movimento que levou à suspensão da palestra do presidente do Supremo por ‘falta de segurança”.

O Centro da Indústria, Comércio e Serviços do município, que organizava o evento, terá de esclarecer o que aconteceu.

A Folha diz, na capa da edição online, que foram empresários bolsonaristas os responsáveis pelas ameaças e pela advertência de que a palestra, prevista para o dia 3 de junho, deveria ser cancelada.

Além do Sicredi, que pediu para não participar do evento, um empresário é citado:

“Em seu Facebook, o empresário Roni Kussler, da marca de produtos de limpeza Saif, afirmou ter solicitado junto à presidência da CIC o cancelamento da vinda de Fux. Posteriormente, ele apagou a publicação. Procurado, não respondeu ao contato”.

Por que o empresário apagou a nota? O que os contrários à presença de Fux sabem sobre o que poderia acontecer?

O presidente do Supremo, sem garantia de segurança, poderia sofrer ataques ou um atentado à sua vida?

Foi por isso que a entidade desistiu da palestra? Grupos organizados são capazes de impedir a fala do presidente da mais alta Corte do país?

O fascismo venceu e estamos entregues a sujeitos que, imitando o deputado Daniel Silveira, afrontam e ameaçam autoridades do Supremo.

O Rio Grande do Sul, com grupos nazistas disseminados por toda parte, tem agora empresários alinhados aos que tentam pisotear as instituições e impedir palestras de um ministro do STF.

É grave, é aterrorizante. O que será da segurança de todos nós, cidadãos comuns, se o presidente do Supremo é ameaçado por empresários articulados como se fossem facções criminosas e ameaçadoras?