Os infiltrados

Já estão circulando previsões para o que pode acontecer no dia 24 de janeiro em Porto Alegre, quando dos protestos contra o Judiciário seletivo, no dia do julgamento do processo contra Lula pelo Tribunal Regional Federal.

Uma das previsões é esta: dependendo do tamanho da manifestação, teremos infiltrados da direita por todo lado. E a confusão estará armada.

Na Argentina, um dos incidentes dos protestos da semana passada, quando a polícia reprimiu com violência as manifestações contra o governo Macri, teve como personagem um infiltrado da polícia militar.

Um policial sem farda infiltrou-se entre os manifestantes e foi ferido por um tiro de bala de borracha no olho. Macri foi fazer média com os policiais e visitou o ferido no hospital, quando não se sabia ainda das circunstâncias que haviam levado ao ferimento.

Um dia depois, a mãe do rapaz foi à TV e deu a informação, em tom de denúncia, enquanto Macri condenava a violência dos manifestantes. O filho ferido era um infiltrado e havia sido atingido não pelos manifestantes, mas pelos próprios companheiros de farda.

As manifestações do dia 24 poderão ser um marco da luta contra o golpe, em meio à calmaria geral. Na Argentina, os protestos de rua duraram um dia, com mais uns três dias de panelaços à noite.

O protesto do dia 24 vai nos dizer até onde poderemos ir e se o cansaço é mesmo generalizado na região, com exceção talvez do Peru, onde foram às ruas pedindo que Fujimori volte para a cadeia.

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