Os judeus e Bolsonaro

É decidida e corajosa a declaração de Henry Chmelnitsky à revista Piauí sobre as especulações em torno de um possível e esdrúxulo apoio dos judeus a Bolsonaro.
Disse o gaúcho (presidente do Conselho Geral das entidades ligadas à Federação Israelita do Rio Grande do Sul, ex-vice da Confederação Israelita do Brasil e ex-presidente da Federação Israelita gaúcha): “A comunidade judaica nunca pode apoiar quem segrega. Por princípio, porque pagou com a carne a segregação”.
Chmelnitsky disse mais, em resposta às opiniões públicas do empresário Meyer Nigri, pró-Bolsonaro, que repercutiram mal na comunidade judaica: “Em toda minha vida, nunca vi uma reunião com mais de dez judeus, em que nove fossem a favor da direita. Ele (Nigri) não representa a média da comunidade, que sempre transitou pela diversidade e nunca teve lideranças ligadas aos extremos”.
Outros líderes da comunidade têm rebatido as declarações de Nigri, segundo o qual apenas 10% dos judeus seriam contra a candidatura de Bolsonaro e formariam uma “minoria barulhenta”.
Parece inacreditável. Mas ainda bem que a comunidade judaica tem líderes capazes de responder sem medo aos pregadores do bolsonarismo.
Outros líderes, de tantas outras áreas e entidades, poderiam fazer o mesmo, se é que têm a mesma coragem.
(Já informo aqui que irei deletar sumariamente qualquer comentário ofensivo de cunho étnico ou religioso.)

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