Os mortos e os bem vivos

A prisão de diretores da Queiroz da Galvão traz à tona de novo o nome de um já famoso suspeito de corrupção do PSDB (eles só têm suspeitos…).
O senador Sergio Guerra, que presidiu o partido, volta a ser citado como recebedor de R$ 10 milhões da Queiroz Galvão para impedir a formação de uma CPI que investigaria as empreiteiras da Petrobras em 2009. Pois o nome de Guerra ressurge na Lava-Jato. Mas ele está morto há dois anos.
Outro tucano, Francisco Gross, presidia a Petrobras no governo FH, quando das negociações para compra da petroleira argentina Perez Companc.
Nestor Cerveró já disse por duas vezes em delações que diretores da Petrobras receberam US$ 100 milhões de propina pelo negócio durante a gestão de Francisco Gross. Mas Gross está morto há seis anos.
O ex-deputado José Janene (PP), que está na origem de tudo da Lava-Jato, seria o sujeito que entregava as propinas mensais de Furnas a Aécio Neves, nos anos 90.
Era o mensalão de Furnas, finalmente sob investigação determinada pelo Supremo. O doleiro Alberto Youssef, compadre e mandalete de Janene, e outros dois delatores denunciaram em detalhes o esquema à Justiça. Mas Janene está morto há seis anos.
Em 1997, o jornalista Paulo Francis denunciou pela primeira vez o esquema de corrupção da Petrobras no governo FH. Foi processado pelos acusados, todos do governo tucano. Francis está morto há 19 anos.
Os outros tucanos e similares envolvidos nesses episódios, e são muitos outros, nunca estiveram tão vivos.

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