OS SAQUEADORES E O MARECHAL TEIXEIRA LOTT
Três ministros militares, todos generais, um deles ainda na ativa, foram obrigados a depor hoje à Polícia Federal sobre a reunião do dia 22 no Palácio do Planalto. A reunião virou o trem fantasma de Bolsonaro.
É um constrangimento para militares que sustentam um governo caindo aos pedaços. E os depoimentos acontecem um dia depois da notícia de que quase 200 mil militares se apropriaram do auxílio de emergência de R$ 600 para trabalhadores em desalento, em desespero e na miséria.
Não um, nem uma dúzia, nem 200, mas 200 mil. Duzentos mil!!! Os saqueadores, claro que sem direito à ajuda, são gente da base ‘ideológica’ fardada do bolsonarismo, soldados, cabos, sargentos, tenentes.
Gente moralista, que fala em hierarquia, respeito ao hino, à bandeira, à disciplina e à ordem. Gente sempre citada como exemplo de conduta. Duzentos mil exemplos de rapinagem.
Perguntem a eles se ouviram falar de um marechal chamado Henrique Teixeira Lott. Se não, que tentem saber quem foi o marechal legalista do século 20 que sempre condenou os golpes e os maus modos das Forças Armadas.
Teixeira Lott enfrentou e ajudou a evitar dois golpes (em 1955 e em 1961) e não teve forças para se opor ao terceiro, o de 1964. Escreveu um manifesto pela democracia. Chegou a ser preso por ser democrata.
Sabe-se que as referências fardadas hoje no Brasil estão mais para um Médici (e até para um Brilhante Ustra) do que para um Teixeira Lott. O marechal está no capítulo que muitos consideram um incômodo da História.
O que seria hoje de um marechal democrata da estirpe de Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, no poder militarizado pelo bolsonarismo? Muitos generais devem saber. Os seis que já foram corridos do governo pelos filhos de Bolsonaro certamente sabem.
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AS LEIS DE DAMARES E WEINTRAUB
Foi de alto nível a já famosa reunião do dia 22. Damares Alves pediu a prisão de governadores e prefeitos, por terem legislado em favor de medidas restritivas contra a pandemia.
E Abraham Weintraub pediu a prisão de ministros do Supremo que, diz ele, desafiam o governo (não se sabe se pediu a prisão de todos). São dois legalistas com inegável saber jurídico.
Tudo diante dos ministros militares que por acaso depuseram hoje sobre o que viram e ouviram na reunião do dia 22.
Vou ler sobre o assunto!
Permita-me a dica: O Soldado Absoluto – Uma Biografia do Marechal Henrique Lott. Autor: Wagner Willian Editora Record.
Isso é uma vergonha para a classe militar, mas na podem juLgar todos por essa corja de ladrÃo, que sejam exonerados os maus exemplos, para exemplo de todos os outros e nao importa a patente, que poNham na rua sem direito a nada!