Doenças

Se o atacante Jô admitisse, ao final da partida contra o Vasco, que fez mesmo o gol com o braço, ele não sairia do estádio, poderia ser linchado pela torcida do Corinthians e pelo FaceBook e nunca mais jogaria futebol. E ainda seria encaminhado por um juiz para tratamento por doença da honestidade.

Meritocracia

Um procurador-chefe de Goiás que não admite a existência de violência contra gays e mulheres, um juiz que libera tratamento de gays e um general que prega um novo golpe militar. As instituições foram mesmo invadidas não só por reacionários, simplórios e golpistas, mas por imbecis e bravateiros. É a meritocracia à brasileira. E talvez

Flechas

O bom seria se, mesmo fora da chefia da procuradoria, Janot continuasse disparando algumas flechas na direção do jaburu-da-mala e de Gilmar Mendes. Só para mantê-los nervosos e apertar o cerco à carruagem. Bambu tem de sobra. (E continuo confiando nas flechas de Raquel Dodge. A procuradora dará o troco pelo desaforo daquela convocação para

Euforia

Moradores da Aberta dos Morros saem às ruas em euforia para comemorar a alta das bolsas. O trânsito está lento na zona sul de Porto Alegre por causa das manifestações. Tem gente vendendo o que tem em casa para investir na bolsa. Outros tiraram o dinheiro que guardavam na poupança do Santander para comprar ações.

Caíram todas as máscaras

Teve um tempo em que grandes empresas eram sustentadas pela reputação institucional construída por décadas. Agora, o que importa é o resultado imediato às custas do marketing de ocasião. A reputação, os compromissos sociais, a imagem externa, os vínculos duradouros com as comunidades, nada disso interessa mais. O que interessa é vender o produto. Mesmo

Liberou geral

O futebol também está financeira e moralmente corrompido há muito tempo. Mas não era preciso, numa hora como essa, no país do golpe, do Quadrilhão, das malas do Geddel, da Justiça seletiva e dos criminosos impunes da direita, que também um grande jogador comemorasse tão acintosa e vergonhosamente um gol com o braço, como fez

A RETÓRICA DA ALFACE

Vou concordar com a maioria. Quem esteve ao lado do golpe e continua alinhado com a direita não tem muita autoridade para defender a Amazônia. Como defender a Amazônia, se o jaburu e seus cúmplices em todos os partidos de sustentação ao golpe liberaram a destruição da floresta pelas mineradoras, por grileiros, políticos e fazendeiros