PATRÍCIA VENCEU, MAS AINDA FALTA PEGAR OS FINANCIADORES DAS MILÍCIAS
O chefe do governo da quadrilha de pastores e dos assediadores de assessoras foi derrotado pela jornalista Patrícia Campos Mello no Tribunal de Justiça de São Paulo por quatro votos a um.
A jornalista da Folha havia sido acusada pelo genocida de tentar obter informações em troca de sexo.
Em fevereiro de 2020, Bolsonaro afirmou que Patrícia “queria dar o furo a qualquer preço”, depois de a Folha ter publicado reportagens mostrando o esquema de financiamento ilegal de disparos em massa para a extrema direita no WhatsApp.
Ele apenas repetia o que outros bagaceiros haviam dito antes e que não vale a pena relembrar aqui.
Patrícia escreveu agora nas redes sociais:
“Ganhamos! Por 4×1, o TJ de SP decidiu que não é aceitável um presidente da República ofender, usando insinuação sexual, uma jornalista. Uma vitória de todas nós mulheres”.
Vitória das mulheres, do jornalismo e das liberdades contra o fascismo. O TJ reafirmou uma sentença de primeira instância contra Bolsonaro.
O sujeito terá de pegar R$ 35 mil de indenização por dano moral. Sim, apenas R$ 35 mil. Não há o que fazer. O que importa é a condenação do fascista.
Mas ainda falta muito mais. Falta derrotar os apoiadores do sujeito que tentam calar jornalistas na Justiça, como se tivessem se apoderado do Judiciário, usando a tática das ações em massa.
Falta pegar os empresários que financiaram e talvez ainda financiem o gabinete do ódio.
Falta saber como grandes sonegadores sustentaram o esquema de difamação montado dentro do Planalto, com a participação dos filhos de Bolsonaro.
A vitória de Patrícia só estará completa quando o Supremo concluir as investigações, antes da eleição, e apontar quem são os patrocinadores milionários das milícias digitais.
Mas é preciso que esses nomes sejam tornados públicos antes da eleição, ou o inquérito terá perdido o objetivo de punir os que atuaram em 2018 e conter a mesma quadrilha para que não volte a atuar este ano.
Bolsonaro já pagou R$ 10 mil pra Maria do Rosário. Com duas condenações, este cara não se tornaria inelegível?