Paulo Pimenta vai ficar sozinho?
Num momento de encolhimento e de covardias, mas também de bravuras (como a resposta do ministro Alexandre de Moraes aos neonazistas americanos), o discurso do deputado Paulo Pimenta na Câmara foi a mais incisiva manifestação antifascista na tribuna do Congresso esse ano.
Quem venham outros discursos. As esquerdas estão devendo uma sequência de pronunciamentos nessa linha. Para que não fiquem só em manifestações de indignação nas redes sociais diante do que Pimenta define como “figuras caricatas e imbecilizadas” do parlamento, muitas com vínculos com a criminalidade organizada.
Pimenta fez um breve balanço do catálogo de horrores da extrema direita bolsonarista, citando nomes e situações em que o fascismo é protagonista também pela delinquência. Todos liderados, como lembrou Pimenta, “por uma família de criminosos”.
Quem será o próximo na tribuna? Claro que alguns vão dizer que o púlpito da Câmara não significa mais nada. Então tá. Então discursem no grupo do tio do zap.
Na realidade estamos em guerra. Passou o tempo em que contemporizar com o discurso estúpido dos fascistas indicava não investir na polarização. Polarização só existe na linha editorial das midias corporativas. LULA nos tempos de sindicalista nunca foi de esquerda. Assumiu este lado da balança ideológica para se posicionar eleitoralmente e acabou atraindo a intelectualidade horrorizada com a ditadura. Não existe correspondência bi-unívoca com bolsonaro e seus asseclas. Então, armas em punho e que sobreviva o mais justo.
O povo brasileiro é imbecil e burro. Então tanto “as esquerdas” quanto a direita só podem escolher políticos imbecilizados mesmo.
O próprio Lula hoje em dia só fala imbecilidades, imagine então o que é ser um político do campo da direita, onde só funciona dedo em gatilho e mãos para o céu.
Esse país é ridículo.