Porto Alegre está no brete

Vou falar de um brete na Avenida-Rio, em Porto Alegre. Carros que iam pela avenida, aí pelas 18h do domingo, em direção ao centro, ficaram embretados por mais de um quilômetro. Só porque não trancaram o acesso nem avisaram que ninguém conseguiria sair dali, pois havia um show mais adiante.
Depois de mais de uma hora, apareceu um azulzinho que mandou que todo mundo fizesse a volta. E fizeram. Centenas de carros, um a um, fazendo o retorno. Eu, que pretendia ir e voltar ao centro em 45 minutos, levei duas horas e meia. Porque tive que fazer uma volta andando até a Faixa Preta, para pegar a Cavalhada (porque a Padre Cacique estava engarrafada em consequência do desafogo tardio do brete da Beira-Rio).
Por que falo disso? Primeiro, para esclarecer que gostaria de ver a beira do rio com mais gente e mais música. Mas não sem gestão nenhuma no trânsito. Fica cada vez mais evidente que Porto Alegre é uma cidade sem comando.
Um anarquista disse aqui (em comentário da minha nota anterior) que o povo não quer saber de Estado aos domingos. O povo quer pelo menos um sinal de que há comando na cidade, de que alguém cuida do lugar onde ele vive.
Porto Alegre é hoje uma metrópole entregue a negócios, em que tudo que é da população pode ser vendido, e não a interesses públicos. Os anarquistas devem gostar disso. Porto Alegre elegeu um gestor que nos colocou num brete.

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