Que Bob Dylan, que nada
A Academia deveria prestar mais atenção nos poemas do juiz Vallisney de Souza Oliveira, antes de dar o Nobel ao Bob Dylan.
Vallisney é da 10ª Vara Federal do Distrito Federal e na semana passada transformou Lula em réu, no terceiro processo contra o ex-presidente (por envolvimento com a Odebrecht).
Os poemas de Vallisney estão em seu site. Eis uma amostra:
Vendaval
Se o amor bate na saudade
e se a saudade rebate no amor,
é luta de fortes, nem guarda-peito,
nem para-raios, de nada adianta,
é vendaval que arranca postes,
é como estar na lua
no apagar das luzes,
é trancar-se sem tranca,
é dormir acordado, é sentir-se
um elefante leve na balança.
Para você que aí fica
Vou te dar uma dica
Além de sonso e vagabundo
Sou Cineasta Diretor
A MAMÃE é pamonha
Me estimulou na maconha
Deus não dá noz nem voz
a quem não tem dentes
Se você ainda não sabe
Vivo de Festival de Tiradentes.
P’ra garantir minhas mesadas
Fixo nas mais caras pousadas
Para divulgar meu Aquarius
Sou capaz de roubar um Stradivarius
Onde há dinheiro público
Sou como o Mustela putorius
Juro por tudo que é bíblico
Mando essa antes que acabe:
Vivo da Lei Rouanet
Sou do PeTê
Não vejo empecilho
Sou Kleber Mendonça Filho.
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JL.