SEGUREM AS FLECHAS

Meu amigo Juremir Machado da Silva não precisa de defensores públicos não recrutados. Mas vou defendê-lo de alguns ataques nesse mundo tomado por acusadores. É sobre o caso do abandono do estúdio da Rádio Guaíba pela Márcia Tiburi, quando a filósofa soube que iria debater com Kim Kataguiri.
Não conheço as circunstâncias do convite nem tive paciência para ligar para o Juremir e saber (vi que na página dele não há nada que explique o episódio ou eu não procurei direito).
Mas com ou sem explicações (falha na comunicação prévia, pelo que se sabe), o que importa é que, se for para atacar alguém, que as esquerdas escolham outros alvos. Não desperdicem flechas. Ah, mas o Juremir deu espaço para um fascista. Se fosse pra valer, um terço dos entrevistados nem entraria nos estúdios.
O confronto de posições radicalizadas é uma marca do rádio. Sempre foi assim. Aqui no Estado há fascistas bem identificados, declarados ou dissimulados, que estão a toda hora dando entrevista e participando de debates.
Não precisamos importar fascistas de São Paulo. Claro que Márcia Tiburi tem o direito de não aceitar o debate, o que pode significar mais do que uma postura pessoal, mas até uma estratégia.
Ela pode ser entendida como alguém que dá um rumo de conduta para esses tempos conturbados. Vamos boicotar os fascistas? Todos? Acho ruim. Que cada um escolha com quem debater, como deve ser.
Mas não vamos acusar Juremir, um baita jornalista e um intelectual respeitado, de querer o debate pelo debate. Aí não dá. Estou contigo, Juremir. Tenho convicção e provas de que tua trajetória te absolve.

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