SKAF AO LADO DOS DEMOCRATAS CONTRA O GOLPE? É FRAUDE
É do roteiro de um filme de absurdos a situação policial e possivelmente judicial criada em torno da assinatura do ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf no manifesto pela democracia.
Skaf registrou boletim de ocorrência ontem na polícia, porque não é signatário do documento contra o golpe.
Ele não quer fazer parte do abaixo-assinado liderado pela USP. É da turma do me-deixem-fora-disso.
Claro que foi sacanagem de alguém, e o homem tem o direito de retirar o nome.
O esdrúxulo é que um nome no manifesto contra uma nova ditadura se transforme numa fraude e em caso policial.
Claro que Skaf deve retirar o nome, como bolsonarista que é, e o caso precisa ser investigado. Esse é o Brasil.
Mas nada disso aconteceria se Skaf fizesse o que fez seu colega Horácio Lafer Piva, também ex-presidente da Fiesp.
Lafer Piva fez um dos discursos mais emocionantes do ato na USP na semana passada. Eis um trecho:
“Todos que estão aqui hoje lutam contra a apatia, lutam contra o populismo, lutam contra as ameaças, lutam contra o risco de deixar de lado o melhor de nós mesmos. É com democracia ou através dela que nós podemos reconhecer muitos dos nossos erros e tratarmos de consertá-los. A mobilização da sociedade é a essência da resposta para esse país.”
Skaf jamais assinaria o Manifesto, afinal ele é contra o povo e a favor do Bolsoasno…
Estranho esse apoio unido, agora, do capital e do trabalho à democracia. Foram, sempre, os interesses do capital, contra os trabalhadores, que estiveram por trás de todos os golpes que a república sofreu ao longo da nossa história.