TACLA DURAN ASSOMBRA SERGIO MORO

Sergio Moro vai ter de provar que é tão bom como político como foi como justiceiro da Lava-Jato. Se não conseguir mostrar à Globo que pode sobreviver, será abandonado e trocado por Doria Júnior, Luciano Huck ou qualquer um outro que assine manifestos pela democracia.

Agora, um fantasma que o assombrou e era considerado eliminado está sendo ressuscitado pela Procuradoria-Geral da República.

Rodrigo Tacla Duran, refugiado na Espanha, caminha para uma delação premiada que finalmente pode atingir Carlos Zucolotto, o advogado amigo de Moro e da mulher dele, Rosângela Moro.

Zucolotto é o sujeito que Tacla Duran, envolvido nos rolos da Lava-Jato, acusa de negociar delações premiadas em Curitiba. Zucolotto seria uma espécie de intermediário da Lava-Jato. É jogo pesado, que Moro considerava encerrado.

O ex-juiz já mandou dizer em recado aos jornalistas amigos que está incomodado. O advogado é gente fina em Curitiba, foi padrinho de casamento dos Moro.

Tacla Duran acusa Zucolotto de ter recebido dinheiro para que ele, Duran, obtivesse vantagens na delação que acertou com a Lava-Jato em 2016, mas não foi adiante. Moro rejeitou a delação. Por quê?

Talvez venhamos a saber agora. Tacla Duran já reafirmou tudo o que sabe sobre a Panela de Curitiba em depoimento, em 2017, aos deputados Paulo Pimenta e Wadih Damous, que foram à Espanha para ouvi-lo.

A queixa de Moro, em nota que mandou divulgar, usa argumentos antigos. Ele acusa Tacla Duran de ser lavador de dinheiro, como se isso depreciasse o delator.

Tudo o que Moro fez na Lava-Jato foi ouvir bandidos, para que esses delatassem quem Moro queria ver delatado, como o ex-presidente Lula.
Moro só ouvia lavadores de dinheiro, corruptos e corruptores. Mas agora acha que a PGR não pode dar a atenção a um deles. Porque pode machucar o amigo Zucolotto.

Claro que o ex-juiz, ex-ministro da Justiça e ex-futuro ministro do Supremo acha que a tentativa da PGR de retomar a ideia de delação faz parte de um complô do governo Bolsonaro contra ele, com a ajuda da PGR.

É uma ofensa do ex-juiz ao procurador Augusto Aras, como se esse estivesse a serviço de Bolsonaro. Se o trabalho for bem feito e a delação for aceita, Moro pode ficar de fora da eleição de 2020.

2 thoughts on “TACLA DURAN ASSOMBRA SERGIO MORO

  1. Continuando a receber salário de ministro de estado por mais 6 meses, pode ser que CONSiga juntar uma boa grana para pagar os honorários de um bom advogado para sair Dessa enrascada.

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