Terminamos um ano previsível em que nossas expectativas não se concentram mais na vacina, mas nas seringas para a vacina. Encerramos um ano em que brigamos por migalhas de democracia, de liberdades e de direitos fundamentais. Volto a desejar o que sempre espero do ano novo. Que 2021 seja mais plural, mais mulher, mais negro,
Prestem atenção no que milhões de chilenos cantavam na passagem do ano na Praça Itália, que eles chamam de Praça da Dignidade. Tudo organizado pelo povo, sem participação do governo, desta vez sem ‘cobertura’ policial dos carabineros com suas balas de borracha e sem incidentes. Dá inveja.
Minhas amigas e meus amigos. Desejo que 2020 seja mais plural, mais mulher, mais negro, mais gay, mais trans, mais índio. Que seja um ano de mais tolerância e de muito mais destemor.