Todos os crimes da extrema direita se transformam em controvérsias

Se novas gravações fossem encontradas no computador de Alexandre Ramagem, revelando uma conversa em que Bolsonaro determina devassa na vida Alexandre de Moraes, teríamos o quê? Teríamos mais uma questão para análise dos especialistas. Porque vivemos a hegemonia dos pensadores, operadores e palpiteiros do Direito aplicado nos pântanos da hermenêutica brasileira. Se Bolsonaro dissesse: quero

Os arapongas estão escapando

Não procurem em nenhuma cadeia da Argentina o ex-araponga Gustavo Héctor Arribas, que chefiou a Agência Federal de Inteligência (AFI). Também não estão presos os cúmplices de Arribas na estrutura montada na AFI para espionar inimigos do governo de Mauricio Macri, de 2015 a 2019. Arribas foi investigado, denunciado pelo Ministério Público e processado. E

PF precisa esclarecer também a arapongagem usada para monitorar e achacar aliados de Bolsonaro

Estagiários da Abin sabem que a estrutura paralela de espionagem, que abastecia Bolsonaro, não produzia dossiês apenas contra quem o governo considerava adversário ou inimigo. Ativistas da extrema direita, amigos de Bolsonaro, gente da intimidade do poder, que bajulava o líder em gabinetes e palanques, também foi monitorada para a elaboração de dossiês quase sempre

Torres e Cid serviriam apenas de ajudante de Ramagem

É o que todo mundo sabe em Brasília, em Sorocaba, em Barbacena ou em Alegrete: Alexandre Ramagem não era um Anderson Torres e muito menos um Mauro Cid. Torres era um leva-e-traz atrapalhado, tão trapalhão que não soube nem esconder a minuta do golpe. Mauro Cid era o militar formado para ser prestativo, que se

O aviso de que teremos mais delações, agora no território minado da Abin

Quem lida com a área de inteligência conhece o poder de destruição de arapongas moralmente abalados depois de abandonados por chefias e parceiros. Os argentinos, em exemplo recente, sabem muito bem. A Abin tem dois abandonados. Os servidores presos nas operações da Polícia Federal sobre a espionagem de inimigos de Bolsonaro, e já expulsos da

Não escondam de novo o que precisamos saber sobre a fábrica de dossiês da Abin

O governo brasileiro tem a obrigação de fazer com os desmandos da Abin o que foi feito no início do governo de Alberto Fernández, na Argentina, com os crimes da Agência Federal de Inteligência. A perseguição da AFI, a Abin deles, que monitorava, grampeava e mandava ameaçar políticos, dirigentes sindicais, jornalistas, religiosos, líderes comunitários e

O alerta laranja

Até o final de tarde de sexta-feira, a maioria das abordagens públicas sobre o general Gonçalves Dias o enquadrava como omisso diante do que aconteceu no 8 de janeiro no Palácio do Planalto e foi em parte por ele presenciado. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional era apontado apenas por omissão porque foi sendo

À espera de novos escândalos

Esta foi a semana da denúncia sobre os arapongas da Abin, que monitoravam os inimigos da família Bolsonaro e dos milicianos. O que teremos na semana que vem, com o esgotamento dos casos das joias e das prisões de manezinhos? Ainda há chance de escândalo novo, ou todos serão apenas atualizados? Alguém irá divulgar os

Abin terá que abrir os porões usados por Bolsonaro

A denúncia genérica de que a Abin seguia e monitorava inimigos de Bolsonaro tem o valor das coisas óbvias: arapongas estavam fazendo arapongagem. E a arapongagem, aqui ou na Argentina do tempo de Mauricio Macri, que perseguia Cristina Kirchner, padres, jornalistas, professores, sindicalistas, é tudo a mesma coisa. Arapongas existem para arapongar ilegalmente. Por isso

ARGENTINOS REMEXEM NOS PODRES DO JUDICIÁRIO

São mais retóricas do que efetivas as tentativas de enquadrar e punir Sergio Moro, aqui no Brasil, e não só em tribunais internacionais, como ex-juiz suspeito encarregado de perseguir Lula e as esquerdas. E tampouco sabemos até agora qual é a dimensão da influência da direita e da extrema direita no Judiciário brasileiro, mesmo que