Ainda estamos aqui

Em novembro de 2012, o jornalista José Luís Costa, de Zero Hora, passou um dia sentado na 14ª Delegacia da Polícia Civil de Porto Alegre. Sua tarefa: copiar textos de mais de 200 folhas de papel do acervo macabro do coronel reformado do Exército Júlio Miguel Molinas Dias. Molinas, ex-diretor do DOI-Codi, havia sido assassinado

Um general sem medo dos colegas assassinos

Uma cena inimaginável no Brasil, registrada na manhã de 24 de março no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, pelos repórteres Javier Fuego Simondet e Valeria Musse, do jornal La Nación. Um grupo caminha em direção à Praça de Maio, no Dia da memória, verdade e Justiça, que marca a data do golpe militar de

PRECISAMOS VOLTAR A FALAR DOS CRIMINOSOS E DAS VÍTIMAS DA DITADURA

Precisamos voltar a falar dos criminosos e das vítimas da ditadura Moisés Mendes O presidente Gabriel Boric é apresentado como o grande perdedor do referendo que rejeitou a nova Constituição do Chile. A mobilização contra a Constituição acordou direita e extrema direita, quietas desde as manifestações de rua iniciadas em outubro de 2019, que levaram

O FALSO MORALISMO DO FACE BOOK, QUE CENSURA CRIANÇAS NUAS E LIBERA IMAGENS DE FASCISTAS ARMADOS

Esta foto, de um vídeo mostrado pelo Fantástico ontem, foi censurada pelo Face Book. Uma imagem em movimento, sobre a convivência do jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira com povos isolados da Amazônia, pode ser vista sem restrições em horário em que crianças e adolescentes estão vendo TV. Foi o que se viu

A DIREITA QUE AJUDA A PROCURAR OS MORTOS PELA DITADURA

Hoje, é o Dia do Desaparecido no Uruguai. A retroescavadeira que aparece ao fundo, na foto do jornal La Diaria, está há dias procurando corpos de militantes presos e ‘sumidos’ na ditadura que durou de 1973 a 1985. O rosto em destaque ao lado da foto é de Beatriz Argimón, vice-presidente da República. Foi presidente

OS URUGUAIOS RESISTEM

Os uruguaios viram ontem uma manifestação improvável no Brasil. Mais de mil pessoas se concentraram no centro histórico de Montevidéu, carregando cartazes com fotos de assassinados e desaparecidos na ditadura. Mães e familiares das vítimas dos militares foram reclamar a abertura de relatórios com depoimentos de assassinos à Justiça Militar. Um desses depoimentos pode provocar

PRECISAMOS FALAR DA CASA DA MORTE

Deve ser lida sem pressa, como lição de História, a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra três agentes da ditadura acusados do sequestro, da tortura e do desaparecimento do advogado Paulo de Tarso Celestino da Silva, em 1971. Silva foi levado pelos torturadores para o prédio que ficou conhecido como a Casa da Morte,

O que não aprendemos

Suzana Lisbôa, viúva do militante político Luiz Eurico Tejera Lisbôa, assassinado pela ditadura, participou de um debate com o jornalista Rafael Guimaraens, no lançamento do novo livro dele, O Sargento, o Marechal e o Faquir (Libretos). Foi agora à noite, na Fundação Ecarta. Suzana procurou e encontrou o corpo do marido desaparecido em 1972, um