Tenham inveja dos argentinos

Em um ano e cinco meses de governo de Javier Milei, os argentinos foram mais às ruas do que os brasileiros desde o golpe contra Dilma Rousseff em 2016. E o golpe, mesmo que estejamos distraídos, completará 10 anos daqui a pouco, no ano de mais uma eleição para presidente.

Por que o Brasil lida com tanto desleixo com as suas memórias? Pois os argentinos lidam muito bem e saíram em caminhada nessa segunda-feira, como fazem todos os anos no 24 de março, dia do começo da ditadura em 1976. A data é feriado nacional na Argentina desde 2002.

Até os dois maiores jornais de direita, El Clarín e La Nación, que na véspera não haviam dado nada em suas capas online, tiveram que estampar fotos da caminhada até a Praça de Maio. A maior dos últimos anos. Não há nada parecido no Brasil.

Brasileiros que não simpatizam e até odeiam argentinos dizem que eles terão de se dedicar à reparação do que fizeram elegendo Milei. Mas é uma crueldade com os que vão às ruas e na sua grande maioria não votaram no neofascista e vigarista da criptomoeda que enganou muita gente.

Os argentinos tentam corrigir o erro da eleição de Milei de um jeito que os brasileiros nunca fizeram, nem tentaram fazer, com mobilização popular. Por isso vão às ruas desde a posse de Milei e prometem ir mais ainda a partir de agora.

Os brasileiros que praticam o esporte de desqualificar os argentinos devem lembrar que, enquanto lá eles não saem das ruas, aqui não houve gente nas ruas para defender Dilma quando do golpe de 2016.

Teve gente nas ruas apenas em Curitiba, na vigília ao lado do cárcere de Lula. Mas quase nada no resto do país que pudesse ter relevância política como manifestação de apoio a Lula e de denúncia da perseguição avalizada pelo TRF4.

Os brasileiros que criticam os argentinos nada fizeram em resposta ao 8 de janeiro, quando 5 mil manés misturados a terroristas invadiram Brasília. Ninguém saiu às ruas no dia 9, no dia 10, no 11 e em todos os dias que se seguiram à tentativa de golpe para defender a democracia.

Então, vamos olhar, sim, com inveja para os argentinos, que enfrentam um governo destruidor do país e cruel com idosos, mulheres, crianças, professores, estudantes e servidores públicos.

Os argentinos vão às ruas para tentar derrubar o governo envolvido com as máfias das criptomoedas. Eles assumem a tarefa de inviabilizar um poder com lideranças e estruturas fascistas e estelionatárias.

O povo nas ruas poderá salvar a Argentina, que não tem, como nós tivemos, um Lula para livrá-lo, pelo voto, da quadrilha que quebra o país.

8 thoughts on “Tenham inveja dos argentinos

  1. Assisti a multidão, coesa, se movendo lentamente. Foi realmente impressionante! Sempre achei o povo argentino super politizado. O que aconteceu lá, como cá, foi uma diarréia cerebral coletiva que acometeu a maioria da população elegendo dois nazifascistas. Felizmente aqui, essa virose já passou. E pelo jeito, lá também vai passar, meu caro Watson.

    1. Bom mesmo era a LADRA Cristina LOUCA e o Alberto “ESPANCADOR DE MULHER” Fernandez, né mesmo, meu caro Watson ? Ah…..sem contar aquela inflação de 211 % ao ano. Uma beleza, uma maravilha. Quanta inveja.

    2. Uiiiiii, “eles são super”… Hmmmm menina!

      Oh, Xerox Rômi! O Sherlock e o Watson não formavam um casal não. O Watson se casa com uma senhorita muito lindinha que perdeu um anel e que vira cliente do Sherlock. o Sherlock é assexual, por ser obcecado pelas ideias e pela cocaína. Ele não usava a palavra “super” (hmmm ui).

  2. Golpe contra Dilma ? Se Michel Temer foi um GOLPISTA USURPADOR, então Alexandre de Moraes não pode ser Ministro do Supremo, pois foi indicado ao cargo por um GOLPISTA USURPADOR, certo ? Simples exercício de lógica elementar. Massinha I e Massinha II.

    1. Toda tentativa de destituir um presidente eleito sem motivo é golpe. Os argentinos nas ruas hoje, apesar de serem de esquerda, estão sonhando com um golpe, porque nem mesmo o caso das criptomoedas ainda é motivo para impeachment.

      O impeachment do Collor, para mim (e talvez para professor Villa, que escreveu um livro sobre o período) foi golpe: do irmão, dos jornalões, das revistonas e das TVs etc.

      Leiam o livro do Villa, seus idiotas! Ler é bom, saiam do FEICIBUQUI seus inúteis! Kkkkkk

  3. A maior manifestação popular política da história do Brasil ocorreu no dia 13 de março de 2016. Foram mais de UM MILHÃO de pessoas na Avenida Paulista, Rua da Consolação e ruas transversais, pedindo o impeachment de Dilma Rousseff. Um dos maiores incentivadores deste ato foi o radialista da Jovem Pan REINALDO AZEVEDO, que inclusive compareceu à manifestação. A capa do ESTADÃO de segunda-feira,14 de março de 2016, foi a mais impressionante da história do jornalismo no Brasil.

  4. O brasileiro chegou no céu e foi levado perante ao Senhor. Teve direito a fazer uma pergunta. Senhor, por quê fizeste o povo argentino tão politizado e o povo brasileiro tão alienado? Isto não seria uma injustiça para nós? E o Senhor respondeu: espere para ver o Supremo que eu vou botar lá.

  5. Piadinha estúpida, cretina e sem graça. Mas que revela bem o que a esquerda pensa do Supremo: um tribunal político, que faz política o tempo inteiro, sempre a favor de um DOS lados DO ESPECTRO ideologico, perseguindo implacavelmente o lado oposto. A Justiça foi inventada para substituir a perseguição e a VINGANÇA. mas parece que essa invenção não deu muito certo, não. Tanto No Brasil, como no mundo.

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