TERMINA COM INA
Hamilton Mourão está tomando o coquetel completo da receita de Bolsonaro contra a Covid-19: hidroxicloroquina, azitromicina e nitazoxanida.
Há muito tempo Mourão não concorda em quase nada com Bolsonaro. Agora, concordam em duas coisas: na admiração pelo torturador Brilhante Ustra e na adesão aos remédios que terminam em ina.
Os médicos que se baseiam em experimentos científicos asseguram: nenhum desses remédios faz efeito algum contra o vírus ou os problemas que ele causa.
Mas circulam por toda parte na internet e no WhatsApp depoimentos de médicos que asseguram: trataram dezenas de pessoas com essas drogas e todas estão curadas.
Se as pesquisas e os testes dizem o contrário, não importa. A extrema direita acredita no que deseja acreditar.
De acordo com esse tipo de raciocínio, se um grupo de pessoas com Covid-19 comer flor de ipê roxo e não morrer, a flor poderá ser receitada.
Mas nesse exemplo há uma diferença da flor do ipê roxo para a cloroquina. A flor não mata.
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AMIGOS
Fernando Gabeira decidiu avançar um pouco mais e puxar o saco de Bolsonaro, de quem se declarou amigo hoje no Globo:
“Mesmo quando ele não era um candidato bem sucedido, ele já expressava coisas que quem anda nas ruas do Brasil sabe que as pessoas pensam também, então é necessário ter com o Bolsonaro, no meu entender, uma visão construtiva”.
Visão construtiva com Bolsonaro? No seu entender?
Gabeira, Merval Pereira, Miriam Leitão e outros da Globonews só não são explicitamente bolsonaristas porque os patrões deles são inimigos de Bolsonaro.
Se não fossem, a maioria dos jornalistas de direita da Globo seria da claque do Carluxo, junto com Alexandre Garcia.
Gabeira seria o líder deles.
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Enquanto o país apalermado espera a vacina, o sujeito brinca de número 10 e se atira no chão como se fosse um saco de batatas.