TORCEDORES CHILENOS REJEITAM O PINOCHETISTA DOS 7 A 1
Está nas capas dos jornais chilenos. Felipão seria o candidato de parte da direção do Colo-Colo para assumir como técnico do time, com um contrato milionário de US$ 600 mil por mês para uma equipe completa de assistentes.
Mas Felipão talvez não fique mais rico, nem tenha a chance de tomar 7 a 1 no Chile. Uma torcida organizada de esquerda, dentro do clube, rejeita a ideia, porque Felipão já se declarou muitas vezes como adorador de Pinochet.
Num Chile em guerra, que promete manifestações gigantes para marco, imagine o clima para um sujeito de extrema direita como Felipão. E num clube com tradição de engajamento a causas populares.
O Colo-Colo é o time do atacante Esteban Efraín Paredes Quintanilla, ídolo da torcida, com posições progressistas assumidas publicamente.
Em outubro do ano passado, logo que começaram as manifestações contra o governo de Piñera, Paredes e outros atletas do Colo-Colo não só expressaram apoio como algumas vezes saíram às ruas misturados aos jovens.
Alguns dirigentes do Colo-Colo podem ser reacionários sem noção, mas os jogadores não são.
Não há espaço para uma figura com o perfil de Felipão hoje no Chile. Jogadores de outros grandes times, como a Católica e a La U, também apoiam os estudantes que não param de protestar.
Felipão deve ignorar que o Chile abomina fãs de ditadores. Lá, ao contrário do que acontece aqui, os jovens do século 21 reavivaram a memória dos horrores da ditadura. Os fascistas se encolheram.
Scolari, um técnico com métodos dos anos 70, tem que treinar o time do Bolsonaro em Brasília. E levar Renato Portaluppi como auxiliar.
Folgo em saber que Renato deixou de ser teu ídolo. Para mim ele é um merda. Roger é um sujeito que orgulha a todos os GAÚCHOS e brasileiros, negros ou não.