UM ENCONTRO COM GENTE AFIADA

Algumas anotações ligeiras, muito mais para consumo dos gaúchos, sobre o encontro em defesa da soberania nacional com Lula e Alckmin ontem à noite em Porto Alegre:

– Há muito tempo não se via uma esquerda tão afiada e inspirada nos discursos, e não só no discurso de Lula.

– Emocionantes as ovações para Olívio e Dilma.

– Importantes e simbólicas a presença e a fala de Luciana Genro em defesa da unidade em torno de Lula.

– Bagre Fagundes cantou o hino rio-grandense sem a segunda parte, que nem merece ser lembrada. O canto foi fechado com uma estrofe do Hino da Independência.

– Lula de lenço branco chimango no pescoço, que ganhou de Bagre, poderia ter ganho um lenço vermelho maragato, mesmo que improvisado, só para entrar na brincadeira proposta por Dilma.

– Dilma fez referência ao lenço, exaltou as qualidades de Julio de Castilhos e do partido Republicano, mas disse que sempre gostou mais do vermelho.

– A frieza com que receberam Roberto Requião foi constrangedora e fez com que Lula o chamasse para perto, quando falou, para fazer um carinho.

– E o próprio Requião, um grande orador, esfriou sua fala ao trazer um discurso escrito.

– Dilma, Pimenta, Tarso e Lula enfatizaram a grandeza e a coragem de Alckmin.

– Alckmin falou pouco, mas deixou clara sua mensagem de absoluta fidelidade a Lula.

– Lula fez, com a maestria de sempre, um balanço das conquista dos governos do PT e mandou um recado aos que não trabalham pela união das esquerdas na eleição, aos armamentistas e aos senhores do mercado financeiro.

– Afirmou que não tem medo de dizer que não quer um Estado fraco, mas um Estado forte ao lado do povo.

– Avisou que quem estiver interessado na Petrobras e na Eletrobras terá que “conversar conosco” depois da eleição.

– Deu um recado aos puristas que não queriam Alckmin e disse que chamou o ex-tucano porque um candidato a vice do PT seria uma conta de soma zero.

– E que Alckmin está ao seu lado porque tirar Bolsonaro do poder é uma tarefa de “todos que têm compromisso com a democracia”.

– Disse que é hoje o mesmo Lula de 2002, sem ódio e sem raivas, porque é um homem apaixonado. “Eu só tenho tempo para amar a minha Janja e o povo brasileiro”.

– E todos ali desconfiam que o Lula de hoje pode ser melhor do que o de 2002.

– No final, Edegar Pretto e Pedro Ruas desfilaram de mãos dadas na passarela armada no Pepsi on Stage.

– O evento fechado comprovou o que já se sabe. O público se concentra nas falas, os discursos são mais caprichados, a acústica e o sistema de som facilitam e todos ganham.

– Eventos abertos são imbatíveis pela energia, mas a maioria nunca escuta nada.

– O Esquina Democrática do meu amigo Alexandre Costa deu um show com a transmissão ao vivo.

– Ficaremos sabendo mais adiante dos desdobramentos da ausência do PSB.

– E pra não dizerem que não falei de Manuela. A maturidade da fala de Manuela é impressionante. Mas como pode Manuela ficar sem um mandato de novo?

Abaixo, o link do vídeo do site Esquina Democrática:

https://www.facebook.com/esquinademocratica.jornalismolivre.rs/videos/1052962018968406

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