Um mente e outro pede mais chacina

Se fosse num governo do PT, a pressão da imprensa tucana empurraria para o penhasco dois nomes do Jaburu hoje. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que mentiu sobre o pedido de socorro da governadora de Roraima, para que Brasília a ajudasse a controlar os presídios, e o secretário nacional de Juventude, Bruno Julio, que acha que “tinha que matar mais gente” nas chacinas em Manaus e Boa vista.
Moraes não só negou ajuda à governadora, como disse que não havia recebido o pedido formal. Recebeu, sim, em novembro, um apelo em tom desesperado.
O ministro não foi apenas relapso. Mentiu, desrespeitou uma governadora eleita e desprezou um apelo que poderia ter evitado a matança.
E Bruno Julio reproduziu de novo a conversa do tal cidadão de bem, segundo o qual bandido bom é bandido morto. “Tinha que fazer uma chacina por semana”, disse o imbecil da juventude do Jaburu ao repórter Ilimar Franco, do Globo.
O que vai acontecer com os dois? Talvez, mas apenas talvez, o mais fraco, que ninguém sabia que existia, nem a juventude, seja derrubado.
O outro, o ministro valentão, tem muitos amigos nos jornais. Este já fez e disse besteiras semelhantes (como antecipar ações da Lava-Jato a correligionários tucanos). Moraes dá uma volta nos amigos da imprensa e amanhã estará falando sobre mais uma matança.
Os dois cometeram apenas acidentes.

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