UM RETRATO QUE NÃO PRECISA DE MUITAS EXPLICAÇÕES

O detalhe mais impressionante dos mapas é o avanço de Lula em 2022 na parte sul do Rio Grande Sul, incluindo o oeste. E de como o bolsonarismo se concentra agora no norte do Estado.

O vermelho é, claro, onde Lula venceu. Não precisa explicar muito o que se vê aí sobre quem é quem.

É um mapa que nos dá um alento e ajuda a tirar da região do campo gaúcha o estigma do reacionarismo. Há povo nessa região, mais do que latifundiários da Gangue do Relho.

Sabemos bem onde a extrema direita prevalece, com fortes posições racistas.

Há no mapa um dado a ser estudado: o avanço da direita em parte da Região Metropolitana de Porto Alegre (Sapucaia, Gravataí, Canoas, Campo Bom, Novo Hamburgo, São Leopoldo).

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APENAS CINCO
Observação de Fernando Horta em artigo publicado no 247. Bolsonaro teve aumento de votos em 22 dos 27 Estados em relação a 2018.
O Rio Grande do Sul é um dos cinco em que o sujeito perdeu votos. Os outros são Rio, São Paulo, Minas e Distrito Federal.

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FÁBRICA DE FAKE NEWS
Teremos meia dúzia de fake news por dia contra Lula até 30 de outubro.
Quanto mais se aproxima o dia da eleição, mais ‘forte’ ou mais cruel será a mentira.
Veremos coisas inimagináveis e sentiremos saudade da mamadeira de piroca.
As redes sociais se omitem, porque rede social só censura foto de crianças indígenas com a bunda de fora.
As redes sociais querem manter a audiência de bandidos fascistas.

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A SÍNTESE
A verdade resumida no primeiro turno e destacada por Guilherme Boulos ontem no Roda Viva.

Quase cinco de cada 10 brasileiros naturalizaram as mortes da pandemia e aceitaram as cenas do sujeito imitando as pessoas com falta de ar.

Quase metade do Brasil normalizou as atitudes de uma aberração humana que imita os parentes e amigos de todos nós mortos por falta de vacina e oxigênio.

Tenham mais medo de parentes, amigos e conhecidos que o apoiam do que têm do imitador de gente morrendo.

Porque o sujeito só existe como horror com poder político pelos votos dos que o admiram como ele é.

É aterrorizante porque é simples. Metade dos brasileiros apoia o genocida que negou vacina, matou milhares, incluindo idosos e crianças, e ri do que fez.

Só não há uma imagem de Hitler debochando da falta de ar dos mortos no Holocausto porque os assessores devem ter perdido a chance de filmá-lo. Nem precisa. Até hoje é possível ouvir suas gargalhadas.