VAI PRA CASA, GUEDES
Paulo Guedes parecia ter tomado a decisão certa. Ontem, a Folha informou que desde 19 de março o ministro está no apartamento do Rio, de onde despacha.
O economista tem 70 anos e se protege. Se estiver infectado, protege os assessores. Tudo bem, é assim que a vida segue hoje, em muitas áreas que permitem trabalho online.
Mas precisava caminhar, na quinta-feira enlouquecida desta semana, sem camisa, sem lenço e sem documento, no calçadão de Ipanema?
A grande imprensa amiga de Guedes está começando a sugerir que a quarentena no Rio é quase um alheamento.
O ministro teria se ausentado de Brasília para não ficar perto de Bolsonaro e não ter de anunciar decisões controversas ou incompletas.
Nos últimos dias, a Globo enfileirou pelo menos 10 economistas liberais que denunciam todas as noites no Jornal Nacional a incompetência de Guedes. O ministro é considerado incapaz para reagir com medidas fortes contra os efeitos da pandemia na economia.
Está complicada a situação do homem das reformas. Há pelo menos uma dúzia de bons nomes da direita para ocupar sua vaga, se ele desistir ou for mandado embora.
Mas quem encara uma conversa com Bolsonaro hoje, mesmo que a cinco metros de distância?