VAMOS CAIR NA REAL: A VACINA É PARA POUCOS

O Brasil esperneia como pode, mas sabe que depende de um imprevisto, de um acidente ou do imponderável para se livrar de Bolsonaro. Porque não há nada que indique uma saída.

Pedem impeachment e cadeia para Bolsonaro, mas é torcida, é desejo, não é nada que expresse capacidade de pressão.

É constrangedor, mas já podemos concluir que nada do que se faz é consequente. Pedido de impeachment e de cadeia e mais a bateção de panelas mantêm a esperança acordada e só.

Impeachment como, se Rodrigo Maia já avisou que não tira nenhum pedido da gaveta até deixar a presidência da Câmara? E se tirar, quem diz que haverá voto suficiente para o impeachment? Não haverá.

E, sem impeachment, sobra o desejo de mandá-lo para a cadeia por genocídio. Mas quem vai mandar Bolsonaro para a cadeia?

O Supremo, que deveria ser a expressão maior da Justiça, tem como única tarefa hoje o encaminhamento de pedidos para que o governo responda a questões em aberto.

Os partidos acionam o Supremo, e o Supremo aciona o governo com perguntas. Quanto há de seringas? Quando começa a vacinação? Há um plano de vacinação?

O Supremo virou o despachante da pandemia. Não há seringa, não há plano, não há oxigênio. Mas todos os dias o Supremo dá um prazo para que Pazuello ofereça respostas a dúvidas diversas. E Bolsonaro e Pazuello mentem.

Hoje, só temos uma certeza: não haverá vacinação. Não há como fazer vacinação.

O governo iria comprar 2 milhões de vacinas da Índia, para fazer a encenação da festa de terça-feira, no lançamento da imunização, mas esqueceu de combinar com os vendedores.

Não há vacina da Índia. Agora, decidiu sequestrar 6 milhões de vacinas do Butantan. João Doria, sabotado pelos negacionistas desde o começo do acordo com a Sinovac, trabalhou de graça para Bolsonaro.

O governo de São Paulo e o Butantan pedem para ficar com a parte que toca ao Estado, mas Pazuello já avisou que o Butantan deve mandar tudo para um depósito do governo federal.

Bolsonaro, que nunca quis saber de vacinas, agora age como pirata e saqueia os estoques de São Paulo. Bolsonaro sabotou o plano de Doria e vai continuar sabotando a vacinação.

Vai acontecer o quê? O povo vai gritar mais alto nas redes pelo impeachment de Bolsonaro. E pedir para que ele seja empurrado para a cadeia.

Tudo vai se repetir, talvez com mais panelaços. Mas o Brasil, em estado de sofrimento, já não tem forças. E sabe que o que acontece em Manaus pode se alastrar para outras cidades.

Não há vacina para todos e não há como mobilizar o país pela vacina. Esse é o terror. Não se engane.

Em junho, julho, agosto, em setembro estaremos debatendo plano de vacinação. Porque apenas algumas centenas de idosos terão sido vacinados.

Não espere por uma vacina que não existe. Lute por ela, se for possível. Como? Quem souber, que avise quem não sabe.

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