Virou moda chamar os bandidos da extrema direita de sociopatas

O promotor Fábio Vieira chamou de sociopatas os assassinos de Marielle Franco. Há muito tempo chamam todo criminoso a serviço do fascismo de sociopata ou psicopata. O que seria desqualificador acaba sendo uma espécie de atenuante também para Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Assassinos sob encomenda, agressores de gays e de negros, feminicidas, golpistas, assassinos de aluguel e outros tipos da extrema direita têm sido considerados portadores de disfunções de personalidade ou de doenças mentais.

São bandidos, e a maioria não tem doença ou desvio algum. Todos eles são apenas bandidos. Tratá-los como doentes apenas abranda a condição de delinquentes perigosos.

Sempre lembrando que os chefes nazistas que tiveram conduta social ‘inadequada’, examinada depois da guerra, levavam uma vida considerada normal.

Ronnie Lessa, o sujeito que atirou em Marielle, matou porque foi pago para matar. Matou por dinheiro, como ele mesmo repete. São jagunços urbanos.

Até então, era um sujeito considerado violento, mas ‘normal’, um policial militar amigo da família Bolsonaro. Como são considerados normais os negacionistas da pandemia, os vampiros das vacinas e da cloroquina.

Lessa era matador contratado. Ele e a maioria dos bandidos com vínculos com o bolsonarismo são mercadores da morte. Todos pouco se importavam se a Covid estava matando milhares de pessoas. Queriam fazer negócios.

Pode até que entre existam eles alguns sociopatas. Mas são mesmo bandidos. São criminosos que agem pelo dinheiro e não pelo impulso de fazer mal, porque não sentem remorso.

São pagos para fazer o mal porque contratantes e contratados são bandidos integrantes de facções. Como as que agiam dentro do governo na pandemia e até hoje estão impunes. São fascistas quadrilheiros, não são sociopatas.

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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram condenados. O primeiro a 78 anos e 9 meses de prisão. O outro a 59 anos e 8 meses. Como os dois fizeram delação, haverá redução das penas. E começa agora o debate sobre quantos anos, afinal, os dois ficarão mesmo na cadeia.

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