Viva Chico

Há exagero no tom de certos defensores de Chico Buarque. Os fãs, a irmã, o padre da paróquia do Leblon, todos foram mobilizados como escudos de um artista que deveria estar submetido a todos os olhares possíveis, como qualquer outro.
Eu não chamei Chico de machista, jamais chamaria, e escrevi aqui apenas que a música em questão (“Tua Cantiga”) rebaixa a poética do moço. Mas disseram que sou machista por criticar Chico, o cara que entende as mulheres.
Podemos falar de eventuais defeitos da arte de Picasso e até de Michelangelo, mas não da arte e da mitologia criada em torno de Chico? Que totem é este Chico Buarque?
Que arte intocável é essa que não permite nenhuma abordagem, por mais superficial que seja, se ela está disponível a todos, e não só aos entendidos?
Falar de música não é coisa para críticos. É para todos nós, os mortais, que hoje em dia entendemos até de pedaladas fiscais (rimou sem querer). Ninguém está atacando Chico.
Nem estamos falando de um partido ou de uma seita. Chico deve estar incomodado com a defesa exagerada que fazem dele, como se fosse um artista incapaz de se defender com sua própria arte. Viva Chico.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


5 + 3 =