A barbeiragem do anúncio do imposto nos produtos chineses
Está explicado por que o governo se quebrou no anúncio de que irá tributar as compras diretas de produtos chineses pela internet.
A informação não passou antes pela Secom do ministro Paulo Pimenta e foi direto pra rua.
A repercussão nas redes sociais foi a pior possível, porque não é assim que se faz com uma medida com esse impacto.
E registrar a reação não significa jogar contra a medida. De jeito nenhum. Nem contra o esforço para aumentar a arrecadação.
A barbeiragem foi grande, talvez a maior do governo até agora, porque mexe com meio mundo, e precisa ser admitida. Pronto.
O que não pode é achar que o consumidor ficará quieto e entender que a cobrança de impostos protege o varejo nacional.
Que varejo, cara pálida? O que cobra o olho da cara por produtos chineses oferecidos por preços muito baixos nas compras diretas pela internet?
O consumidor não é tão patriota e não vai se vestir de verde e amarelo para comprar em lojas de pretensos nacionalistas que vivem da venda de produtos da China.
Ah, mas tem fraude. Que se combata a fraude e o que for contrabando ou sonegação, sem sabotar um sistema de compras consagrado.
É muito desinformado quem acha que isso é coisa de pobre. A classe média também está berrando.