O DIA EM QUE O PULIÇA MANÉ TENTOU INTIMIDAR ALEXANDRE DE MORAES

Escrevi ontem neste blog sobre a violência da Polícia Rodoviária Federal.

Compartilho texto da coluna de Elio Gaspari na Folha sobre a tentativa do chefe da PRF de intimidar o ministro Alexandre de Moraes.

Foi no dia da eleição. O emissário de Bolsonaro se deu mal.

ELIO GASPARI
“Ida de grupo armado ao gabinete de Moraes foi ideia errada para intimidar pessoa errada

No dia 30 de outubro, quando o eleitorado estava seguindo para as seções eleitorais, surgiram bloqueios da Polícia Rodoviária Federal em estradas do Nordeste, onde sabidamente estava o grosso do eleitorado de Lula.

Essa era a hora de a onça beber água, e água a onça bebeu. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, convocou com urgência o diretor da PRF ao seu gabinete.

Ao ser chamado, Silvinei Vasques (foto) tinha motivos para saber qual seria a agenda. Por alguma razão, ele teve a ideia de ir ao ministro com acompanhantes, todos ostensivamente armados.

Sentaram-se no gabinete de Moraes e Vasques repetiu a patranha de que se tratava de uma operação para fiscalizar pneus carecas de ônibus.

O magistrado, ex-secretário de Segurança de São Paulo, não entrou na discussão dos pneus e surpreendeu Vasques dizendo, com todas as palavras, que se ele não retirasse imediatamente os bloqueios seria preso.

Os bloqueios foram retirados, o diretor da PRF deixou o cargo e se aposentou aos 47 anos.

Tentar melar uma eleição poderia ter sido um projeto. Entrar com um grupo armado no gabinete de Moraes foi uma ideia errada querendo intimidar a pessoa errada”.

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A ARMADILHA
Gaspari não conta quantos policiais entraram com o chefe no gabinete do ministro.

Nem esclarece, porque talvez não seja preciso, que Moraes permitiu a entrada da tropa em sua sala como armadilha.

Diante do puliça mané que tentava ajudar a melar a eleição, por ordem de Bolsonaro, e de seus ajudantes armados, o ministro avisou: façam o que estou mandando ou todos serão presos.

Moraes permitiu que os manés fardados entrassem em sua sala para poder dizer que não os temia.

Não se sabe se os outros também se aposentaram.

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