A Copa

Não tento enquadrar a Copa em nenhuma caixa das minhas racionalidades. O futebol não cabe nesses enquadramentos, por mais contaminado que esteja pela política e pela corrupção.
Mas é estranho ler alguns representantes da direita preocupados com o descaso pela Copa, sob a alegação de que isso é uma postura ideológica, se eles pouco ou nada fizeram quando Lula e Dilma foram atacados com crueldade por fascistas nos estádios na Copa no Brasil.
Eu gosto de futebol, gosto muito, e só tive um ídolo na vida, o cara que me apresentou ao sentimento de que era possível ter alguém como referência a ser imitada no esporte. Meu ídolo foi Alcindo, o Bugre, o maior goleador do Grêmio em todos os tempos. O único.
Nesta Copa, já disse que torço por Taison, pela sua história de sobrevivência, por sua bravura, e torço com Alegrete por Cleber Xavier, o auxiliar de Tite, filho da terra.
Não torço pela Seleção como identidade nacional, porque nem sei mais direito onde o Brasil se expressa como nação.
Mas não seria capaz, nunca, de ir a um estádio gritar palavrões contra ninguém, muito menos contra autoridades. Como gritaram as hienas que não foram repreendidas pelos que agora enxergam ideologia na indiferença pela Copa.

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