O dedo

O desconforto causado pelos exageros na cobertura do drama de Neymar com o dedo quebrado (o jato, os repórteres no aeroporto, na porta do hospital, até dentro do quarto do hospital) parecem indicar que no Brasil de hoje nem os ídolos nos comovem.
Perdemos a capacidade de gerar e admirar um ídolo forte, unânime, como já tivemos Pelé e Senna, ou nem os ídolos cabem mais no roteiro de um país apalermado e sem referências?
Chegamos ao ponto em que o drama máximo oferecido por nosso ídolo no esporte, como conforto aos nossos dramas cotidianos, é um dedo trincado. E com toda a ostentação possível. Um dedo.

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