Os neopentecostais e Israel

Comentário do Luis Augusto Fischer, no perfil dele no facebook:

Sem brincadeira: eu queria entender qual a rota mental do companheiro da foto, da Folha de hoje, para equacionar vibração pelo novo presidente, camiseta “Meu partido é o Brasil” e a bandeira de Israel.

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Logo depois, ele mesmo escreveu o que segue abaixo, a partir de um breve comentário que fiz sobre a repentina adoração dos neopentecostais por Israel:

“Acabei de pensar numa hipótese política de fundo para essa onda de bandeira israelense: como disse o Moisés Mendes, parte grande dos evangélicos neopentecostais, se é que não são todos, têm grande simpatia por Israel e sinalizam isso com essa adesão simbólica a Israel (a um Israel em nova interpretação, sem laço necessário com o Estado israelense – se bem que agora, com o Netaniahu a coisa seja favorável a uma visão direitista e militarista). Funciona, penso eu, como alternativa ao Vaticano, ao papa, à hierarquia católica em geral. Né? E tem outra afinidade, também de fundo: no judaísmo não há nem de longe a centralidade católica, mas uma miríade de possibilidades, grupos, seções, etc., e essa dispersão, ao mesmo tempo que dá grande liberdade de interpretação dos escritos tidos como sagrados, proporciona a emergência de incontáveis agrupações, cada qual com sua hierarquia, formas de criação e apropriação de renda, associação com o poder civil, etc. Ao mesmo tempo, a fantasia desse “Israel” de torcida de futebol oferece uma ligação imaginária com um centro absoluto, como uma etapa necessária, uma mediação com a figura de Deus, lá na visão deles”.

 

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