O recuo de Moro sobre caixa dois

O roteiro de convicções até o recuo do ex-juiz, que desistiu de incluir o caixa dois no pacote anticrime que encaminhou ao Congresso. A recuperação da sequência de frases foi feita pela Folha.

Trapaça

“Caixa dois muitas vezes é visto como um ilícito menor, mas é trapaça numa eleição. A meu ver, não existe uma justificativa ética para esse tipo de conduta.” (durante audiência na Câmara, em 04.agosto.2016)

Pior

“A corrupção para fins de financiamento de campanha é pior que o de enriquecimento ilícito […] Se eu utilizo [a propina] para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível.” (em palestra a estudantes brasileiros na Universidade de Harvard, abril.2017)

Mais reprovável

“A destinação da vantagem indevida em acordos de corrupção a partidos políticos e a campanhas eleitorais é tão ou mais reprovável do que a sua destinação ao enriquecimento pessoal, considerando o prejuízo causado à integridade do processo político-eleitoral.” (em sentença proferida na Lava Jato, em fevereiro.2017)

Influência do crime

“Talvez seja essa, mais do que o enriquecimento ilícito dos agentes públicos, o elemento mais reprovável do esquema criminoso da Petrobras: a contaminação da esfera política pela influência do crime, com prejuízos ao processo político democrático.” (em sentença proferida na Lava Jato, em fevereiro.2017)

Não muda nada

“Isso [separar o caixa 2] não muda nada em relação ao comprometimento do governo e do Congresso de criminalização do caixa 2, de uma criminalização mais adequada.” (em Brasília, nesta terça-feira, 19)

Não tão grave

“Havia um sentimento de que o caixa 2 é um crime grave, mas não tão grave como o crime organizado, homicídios e corrupção. E houve uma reclamação que não fosse tratado juntamente a essas condutas delitivas mais graves” (em Brasília, nesta terça-feira, 19)

 

 

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