A IMOBILIÁRIA DO JABURU
Para quem ainda duvida da resistência do bom jornalismo. A revista Piauí fez uma das grandes reportagens do ano ao levantar o patrimônio imobiliário da família do jaburu e suas movimentações financeiras na área.
É um trabalho cada vez mais raro. A Piauí descobriu que nos últimos 20 anos a família do homem movimentou exatos R$ 61,7 milhões na compra e venda de imóveis na zona oeste paulistana.
Não é sítio com pedalinho em Atibaia, nem tríplex com a cozinha caindo aos pedaços no Guarujá. É coisa de rico na região nobre de São Paulo.
O levantamento que o repórter Allan de Abreu iniciou em março tem gráficos, tem informações sobre os imóveis e cifras detalhadas sobre as movimentações do jaburu comprando e vendendo como se fosse uma grande imobiliária e doando depois a maioria dos imóveis para os filhos e a mulher.
De onde o jaburu tira tanto dinheiro? Eu queria ver o juiz Sergio Moro, depois de largar a Lava-Jato (que uma hora ele terá de largar), cuidando dessa história das casas do jaburu.
O juiz tem experiência nesse tipo de processo. E o TRF4 também. Ou as casas do jabruru são uma questão para a justiça comum, e a Justiça de Curitiba, além de federal, é uma justiça incomum?
