A pergunta, de novo: e o Zucolotto?

O procurador Rodrigo Janot enfrenta, em nome da transparência no Ministério Público, o constrangimento de mandar investigar um ex-procurador, seu subordinado e braço direito durante muitos anos, agora acusado de trabalhar para um delator.
Mas quem irá fazer o mesmo gesto no sentido de investigar Carlos Zucolotto Junior, também denunciado publicamente por tentar facilitar delações e que continua distante de qualquer sindicância?
Quem irá saber se Zucolotto, amigo íntimo de Sergio Moro e dono de um escritório do qual a mulher do juiz era sócia, agia mesmo como vendedor de acordos de delação usando o nome do amigo e magistrado como carteiraço?
Quem irá investigar Zucolotto? Por que ninguém investiga Zucolloto, denunciado por um ex-advogado da Odebrecht, para quem o amigo do juiz trabalhava?
Podem dizer que Zucolotto não é um procurador. Mas é amigo muito íntimo do juiz. Só isso. Um amigo do magistrado que comanda a que seria a maior guerra seletiva contra a corrupção não pode estar sob suspeita de traficar acordos de delação.

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