A pesquisa e a cara do Brasil

Vamos examinar bem os dados da pesquisa do instituto MDA/CNT (Confederação Nacional do Transporte) sobre o que o brasileiro acha do governo Bolsonaro.
As manchetes destacam que o governo é ruim ou péssimo para 39,5% dos brasileiros.
Mas 29,4% consideram o governo ótimo ou bom. É quase um terço das pessoas ouvidas. E outros 29,1% consideram regular.
Não se assustem muito, mas quase dois terços da população acham Bolsonaro um cara legal. As pesquisas vão denunciando o país em que vivemos.
Não adianta querer esconder. O problema não é Bolsonaro. Ele é a representação. Bolsonaro é a expressão do que é o Brasil hoje.
Chegamos, por fatores a serem entendidos um dia, a um estágio destruidor do reacionarismo exercido por uma classe média branca e decadente que desfruta da manipulação do povo, da resignação, da alienação ‘religiosa’ e das ignorâncias.
Se Bolsonaro liberar os incendiários de todo o Brasil, para que destruam tudo o que resta de floresta, e não só a Amazônia, se retirar ainda mais mais os direitos trabalhistas, se vender a Petrobras, se extinguir a previdência pública (quase extinta), se acabar com as universidades federais (que estão perto disso), decretar o fim do SUS, se nomear o filho como chefe do Coaf, tudo continuará igual.
O que importa é que Bolsonaro libere o FGTS.