Blade Runner

Postei este texto ontem à noite no FaceBook e esqueci de postar aqui no blog. Lá vai.

Criei coragem e fui ver Blade Runner 2049. Na minha vida de jornalista replicante, nunca imaginei que alguém correria mesmo o risco de tentar uma continuação.
Ainda bem que a ideia caiu nas mãos de Denis Villeneuve. É bom esse Villeneuve. Um baita filme.
Se é para reclamar de uma coisa, uma só, eu diria que falta a esta continuação uma cena com a grandiosidade daquele encontro entre Roy Batty (Rutger Hauer) e Tyrell (Joe Turkel), quando Roy questiona Tyrell para que arranje um jeito de reprogramar seu tempo de duração.
Aquela cena, uma das mais dramáticas da ficção científica, inspirada nos clássicos embates entre criador e criatura, merecia algo equivalente neste Blade Runner 2049.
Há até uma tentativa (mais não digo), mas sem a mesma dimensão. Mas essa pequena queixa é só pra dizer que coloquei um ‘defeitinho’ neste filmaço. Blade Runner é para quem não tem medo da própria memória e da memória dos outros.
(Ontem, pensei em Tyrell e escrevi Sebastian, no comentário sobre o encontro entre ele e Roy. Fui alertado aqui pelo Cid Vanderlei Krahn e pela Lívia Schüler Paim. Agradeço aos dois.).

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Website Protected by Spam Master


1 + 6 =