BOLSONARO PODE DIZER O QUE QUISER NO JN E NADA ACONTECERÁ

Bolsonaro já disse várias vezes que adora torturadores. Já afirmou publicamente que só não estupraria uma deputada porque a considera feia.

Já mandou metralhar inimigos (e alguns obedecem). Já fez inúmeras manifestações racistas e homofóbicas.

Negou vacina à população, incentivou as pessoas a tomarem a cloroquina e assim induziu muita gente à morte.

Bolsonaro ataca o Supremo, as instituições, a democracia, as mulheres, os índios.

O que ele pode dizer hoje no Jornal Nacional que possa comprometê-lo? Talvez nada.

Bolsonaro poderia dizer hoje que a solução para o Brasil seria eliminar quem tem mais de 50 anos, para que a população seja reduzida, e não aconteceria quase nada.

Se ele dissesse, haveria apenas mais um grande debate no meio
jurídico para saber se ele pode fazer tal afirmação.

E a conclusão seria que sim. Que ele tem o direito à liberdade de expressão.

A liberdade da expressão da extrema direita é diferente das liberdades de todo o resto.

Dificilmente acontecerá hoje no JN algo que repercuta na eleição e arranhe a imagem da figura repulsiva de Bolsonaro.

Nem se o genocida saltar no pescoço de William Bonner, se por acaso ele o chamar de tchutchuca.

Se o genocida avançar sobre Bonner e for contido por Renata Vasconcellos, também teremos um debate entre juristas profissionais e amadores para saber se ele pode ou não saltar no pescoço de apresentadores de TV.

Pelo que aconteceu até aqui, Bolsonaro pode dizer e fazer o que quiser daqui a pouco no JN e não acontecerá nada. Ou finalmente teremos uma fala ou um gesto de impacto que destrua Bolsonaro hoje no JN?

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