Chega de adiamentos. É a hora de pegar os grandes financiadores das gangues bolsonaristas

Anunciam que o governo está orientando as esquerdas na CPMI do Golpe para que a prioridade seja o cerco aos golpistas endinheirados financiadores de ações da extrema direita desde muito antes da invasão de Brasília no dia 8 de janeiro.

É a parcela do fascismo ainda encoberta de tudo o que aconteceu desde 2018 e até hoje. A comissão deve ser instalada quarta-feira.

A prioridade aos financiadores pode trazer novo alento. Ainda temos 300 manés presos. Temos os primeiros cem terroristas transformados em réus pelo Supremo.

Daqui a pouco teremos mais de mil manés de baixo escalão respondendo a processos pelas depredações e atos antidemocráticos nos acampamentos.

Temos um preso de aparente expressão, o ex-ministro Anderson Torres, mas que só aparentemente é importante, porque era mais um mandalete da turma, com relevância apenas operacional.

Temos na cadeia gente de quem ninguém sabe o nome. Mas não há entre os presos alguém que possa ser considerado do primeiro time.

Se a CPMI investir na identificação e na convocação de financiadores, o Ministério Público e o Supremo serão abastecidos não necessariamente de novidades quanto a nomes, mas de provas esclarecedoras.

Os manezões de fora do governo do contrabandista de joias, os grandões, os empresários com dinheiro estão numa boa.

Até prenderam os financiadores da faixa intermediária, os donos de bodegas e de frotas de meia dúzia de ônibus.

Mas não há presos de expressão econômica. Não temos ainda na Papuda grandes financiadores das gangues do ódio, da violência e da mentira.

Esses estão sendo investigados desde abril de 2019 pelo Supremo, mas sem que aconteçam avanços.

Ao avisar que vai se dedicar aos financiadores do golpe, desde a formação do gabinete do ódio, a base do governo poderá dar grande contribuição ao que já é feito pelo sistema de Justiça.

A CPMI poderá, com o esforço das esquerdas, reforçar MP e Supremo, que já cercaram os financiadores, mas sem resultados práticos até agora.

Alexandre de Moraes sabe muito bem quem são esses indivíduos ainda na moita. E já anunciou várias vezes que o Supremo chegou a algumas provas sobre suas ações criminosas.

O que falta é o momento certo para que o STF dê o bote e enquadre, entre
outros, tios milionários do zap que sempre agiram ao lado de Bolsonaro, dentro ou no entorno da estrutura mafiosa de Brasília.

A CPMI poderá contribuir para tirar muita gente da toca, incluindo os que, logo depois da eleição de Lula, ergueram bandeira branca e pediram trégua.

Há muitos fascistas que se apresentam agora como democratas desde criancinha. Esses, os mais cínicos e perigosos, devem ser convocados pela CPMI logo no começo.

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