De onde vinha o dinheiro da mesada?

O mandante do assassinato é o mistério que persiste do caso Marielle. Mas agora, com a delação de Elcio Queiroz, vão aparecendo outras dúvidas de grande porte.

Quem tinha dinheiro suficiente para pagar uma mesada ao próprio Queiroz, já na prisão, e mantê-lo calado por tanto tempo?

O Ministério Público do Rio informa que o matador, Ronnie Lessa, era quem ajudava financeiramente o ex-PM Queiroz após a prisão deles, em março de 2019.

Mas como Lessa, que também estava preso, tinha tanto dinheiro para dar até R$ 10 mil mensais ao amigo que dirigiu o carro, na noite do assassinato de Marielle?

Essa é a questão. Não deve existir quem acredite que Lessa teria dinheiro suficiente para mantear o parceiro calado.

Alguém abastecia Lessa. O mandante? O homem que mais sabia e pode esclarecer a origem da mesada está morto, é o também ex-PM Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé.

Macalé, que segundo Queiroz teria contratado Lessa, atuando apenas como intermediário, foi morto a tiros há dois anos no Rio.

Mataram o homem que sabia muito, assim como executaram na Bahia o miliciano e também matador de aluguel Adriano da Nóbrega.

E essa passa a ser outra pergunta que se repetirá todos os dias: de onde saía o dinheiro que mantinha Queiroz calado, até que um dia Lessa deixou de pagar a mesada e o ajudante decidiu delatá-lo?

O próprio Queiroz teria dito que o dinheiro vinha das atividades de miliciano de Lessa, com a renda das conexões piratas de TV em áreas que ele dominava no Rio.

Queiroz vai contar mais? O bombeiro Maxwell Corrêa, o Suel, pode virar delator?

E agora uma outra pergunta, só para aproveitar a lista de tantas interrogações: por que Bolsonaro voltou a ficar nervoso e agressivo?

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