Detalhes

Lula não disse, porque não perguntaram, qual era a cor do terno do empreiteiro Léo Pinheiro quando os dois se encontraram no aeroporto de Congonhas no outono de 2011.

E ninguém perguntou a Sergio Moro se era de manga curta ou comprida a camisa que o doleiro Alberto Youssef usava em 2005, quando o juiz o liberou da cadeia como delator, apesar de ser um dos chefes da quadrilha do escândalo do Banestado.

O juiz também não disse, por que juiz não está ali para responder perguntas e dar explicações, se Youssef usava costeletas quando foi novamente libertado, também como delator, no fim do ano passado, pelo mesmo Sergio Moro, depois de ser condenado a mais de cem anos de cadeia como um dos chefes da quadrilha da Lava-Jato.

A pergunta que o juiz ouviu de Lula, mas não respondeu, é se Moro, que grampeava Youssef, não sabia que o doleiro havia voltado a agir, como operador do esquema da Petrobras, depois de ser solto como delator da Banestado por Sergio Moro pouco tempo antes.

Quem presta atenção em detalhes saberá dizer, se alguém perguntar daqui a alguns anos, que em 2005, quando foi solto por Moro, Youssef não usava costeletas, e que em novembro, quando foi solto de novo pelo mesmo Moro, só continuava usando o topete e, desta vez, uma bela tornozeleira.

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