Minha experiência com a morfinazinha

A morfina aplicada em Bolsonaro deve ter sido muito poderosa a ponto de mexer com a sua cabeça tão sensata.

Tomei morfina durante um mês, no Hospital Santa Rita. No início da noite, todos os dias, uma enfermeira entrava no quarto e perguntava afirmando:

– Vamos aplicar a morfinazinha?

Me lembro da voz e do rosto da enfermeira, uma senhora madura em meio a uma maioria de jovens.

E aquela morfinazinha, que eu tanto esperava, me levava para um lugar onde nunca eu havia estado antes.

Sem nenhum exagero sensorial, nada superlativo que pudesse significar uma experiência para dizer uauuuu.

A morfinazinha me tornava leve e tudo em volta ficava no ar, em suspensão. Não sentir muita coisa, essa é a sensação. Sentir ausências.

E assim eu dormia, flutuando numa nuvem macia. Durante um mês, todas as noites, a morfinazinha que aquela enfermeira simpática me trazia.

Admito que, quando tive alta e voltei para casa, sentia falta da morfina.

Me lembro daquele tempo, há exatos 11 anos, e penso na grosseria de Bolsonaro ao atribuir ao efeito da morfina suas loucuras golpistas.

Ele desrespeita as pessoas que precisam de morfina para seguir em frente. Desrespeita a medicina e a ciência e afronta os profissionais da saúde com uma mentira.

Os médicos já desmentiram o sujeito. A morfina só pode causar confusão mental em doses altíssimas, em prescrições excepcionais e com eventos raros de efeitos colaterais graves.

Além disso, em quadros como o que ele relatou, quando foi internado em Orlando, não recomendam uso de morfina, que aumenta o problema que ele dizia sentir, ou seja, a obstrução intestinal.

A mente de Bolsonaro já é confusa. Ele é viciado em mentira, e a morfina não tem culpa nenhuma pelos seus ódios e pelas suas crueldades.

3 thoughts on “Minha experiência com a morfinazinha

  1. A minha mãe precisou usar morfina para amenizar as dores de um câncer que a levou. Era uma luta diária e dolorosa que ficou na lembrança. O mentiroso do capitão R/1 Jair Messias Bolsonaro é um excremento produzido pela Academia Militar das Agulhas Negras. Não se pode esperar nada desse sujeito. Em pensar que essa criatura, que anos atrás era proibida de entrar nos quartéis do Exército Brasileiro, hoje é ovacionada e cultuada como um exemplo de militar para os jovens cadetes e alunos de estabelecimentos de ensino militar. Pobre Duque de Caxias e o Exército de Bolsonaro!

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