O ATAQUE É CONTRA TODOS OS GAYS E AS LIBERDADES

A esquerda gaúcha ressentida e vingativa é divertida e ingênua. Esculhamba com Eduardo Leite, mas pede o apoio dele a Lula, como se isso significasse grande coisa.

Usam até vídeos em que o tucano ataca Lula em 2018. A extrema direita também usa falas antigas de Alckmin.

Invertam o raciocínio e pensem politicamente, com um mínimo de racionalidade.

Esqueçam o apoio de Leite a Lula e usem o último dos tucanos não para elegê-lo governador, mas para impedir a eleição de Onyx.

Não é o Leite governador que importa. É o Onyx não-governador. Não precisa desenhar em Power Point.

Esqueçam todos os outros argumentos e pensem só nesse aspecto, apenas nesse, unicamente nesse: Eduardo Leite é gay, e Onyx tentou desqualificá-lo por ser gay.

Não carreguem para sempre o peso de ter ajudado a eleger um sujeito homofóbico, que ainda está no mundo das primeiras-damas.

Não arranjem desculpas para agir como masoquistas e eleger um cara que joga os gaúchos contra os gays, e não só contra Eduardo Leite. É um ataque contra as liberdades.

______________________________________________________________

Compartilho esse texto, do jornalista e historiador Tau Golin, publicado na área de comentários do meu perfil no Facebook a respeito do dilema sobre votar ou não votar no tucano:

A DOENÇA INFANTIL DO DOGMATISMO
A política e a religião fundamentalistas geralmente se confundem, se invertem, trocam de lado, rodopiam seus lugares. Possuem dogmas duros que não raramente se fusionam e perdem seus fundamentos.

Quando a política perde a capacidade de mediação, ela já está tomada pelo fundamentalismo em que a realidade e seus movimentos são substituídos por epistolas de crentes.

Na política republicana o que sempre está em disputa é o marco civilizatório. Quem olha o mundo como pregação essencialista ideológica “imovível” jamais fará da política, em momentos decisivos, um ato conjuntural e temporário para evitar o pior. Cheio de razão, imaculadamente ficará dependurado na assepsia dogmática.

Os limites e a visão social e política do Leite são conhecíveis e claros sobre até onde ele pode chegar em um cargo político-administrativo.

Sobre Onyx também. Esses são os dois paradigmas. Não tem algo fora do voto entre um e outro. A dura realidade é que fora do voto em Leite, além dos discursos fundamentalistas, é um ato de apoio ao candidato de Bolsonaro. É um voto objetivamente neonazista. É aonde chega a doença infantil do dogmatismo.

A única diferença é que a infantilidade alimentada por uma suposta fidelidade esquerdista resulta no aval para práticas concretas neofascistas que rebaixam ao intolerável o marco civilizatório.
Onyx agradece.