O delegado e os manés destruídos por Bolsonaro

O delegado Anderson Torres deve ser expulso da Polícia Federal ao final dos inquéritos sobre o golpismo, que tramitam dentro e fora da corporação.

Mas é improvável, é quase impossível que o coronel Mauro Cid seja mandado embora das Forças Armadas.

O Globo mostrou no fim de semana que Mauro Cid recebe visitas na cadeia (é visitado até por denunciados por envolvimento com a tentativa de golpe) e parece confiante.

Anderson Torres, em casa e de tornozeleira, foi abandonado e quase não conversa com ninguém além dos familiares.

Por que o coronel preso pode estar mais otimista do que o delegado que está em liberdade, mas sob controle da Justiça?

Porque Cid é coronel do Exército e filho de general. E Torres é apenas delegado da PF.

Mesmo que não tenha mais a chance de virar general (será mesmo?), Cid poderá levar a vida adiante como militar reformado, com bons vencimentos.

Torres deve enfrentar o constrangimento da expulsão, a perda dos salários e a necessidade de buscar outra atividade. Sem proteção de ninguém.

O delegado só não é a maior vítima das loucuras de Bolsonaro porque há outras, muitas outras, na frente dele.

As maiores vítimas do blefe do golpe são os 1.400 manés e terroristas presos depois do 8 de janeiro.

Bolsonaro destruiu a vida de gente que acreditou no golpe com a participação de marcianos.

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A CHINA E OS INVESTIDORES
Até o Estadão admite, em manchete, que o mundo está mudando de forma irreversível.

Esta é a manchete de domingo à noite no site do jornal:

China: por que investidores se afastam de EUA e Europa e se deslocam para Ásia e América do Sul

O que o Estadão não vai dizer é que a simples possibilidade de vitória de Trump nas próximas eleições será um empurrão na degradação total dos Estados Unidos como potência.

Ou alguém acredita que, como aconteceu antes, um presidente reacionário (nesse caso fascista) terá melhores relações com o resto do mundo, e até com a China, do que um democrata?

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ATAQUE ARMADO
Só o Globo está fora do ataque articulado das corporações de mídia contra Alexandre de Moraes, Supremo, Lula e Janja.

A Folha de São Paulo parece ter combinado com os machos inseguros da extrema direita.

Na semana de lançamento da Barbie nos cinemas, o jornal decidiu bater em Janja com a mesma força com que o fascismo vem batendo na turma da Barbie.

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O DETALHE

Detalhe do cenário do jogo Bragantino x Internacional, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.

(Puliquei esse textinho no domingo à tarde, com a foto, em meu perfil no Fascebook, e o resultado foi quase nulo. Ninguém percebeu o detalhe, que revelo, mesmo que óbvio. O placar e as placas de propaganda ao redor do campo estavam em cor de rosa. É bobagem? Não é. A Barbie que põe o dedo na cara do machismo está se impondo em toda parte, apesar dos machistas e de algumas feministas incomodadas.)

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