O GRANDE ERRO NÃO FOI DE SERGIO MORO

Um dia saberemos todos que as “falhas” cometidas por um juiz de primeira instância, no embalo de um ambiente golpista, poderão ser atenuadas pelo tempo, diante do erro maior cometido por um tribunal federal de segunda instância.
Um juiz de primeira instância impulsivo e empoderado pelo reacionarismo pode até seguir adiante com suas arbitrariedades, barbeiragens e provérbios pueris. Mas juízes de instâncias superiores não poderiam, em situação de normalidade, reafirmar esses desmandos.
O erro maior, o erro talvez irreparável, foi o de confirmar e agravar o primeiro erro. Judiciários em momentos diversos ficaram marcados para sempre por suas falhas. E mais ainda se foram cometidas em contextos políticos conturbados.
Mudo de opinião se aparecerem os liberais da Justiça com argumentos de que esse erro não foi cometido. Para que façam contraponto a tudo que se leu até agora sobre o caso de Lula.
Mas não espero ler chutadores. Espero que juristas liberais juramentados tentem nos convencer de que o TRF-4 tomou a decisão certa.
Talvez eles estejam quietos porque, como me disse o jurista Márcio Augusto D. Paixão, mesmo o mais extasiado jurista de direita tem alguma vaidade acadêmica a preservar. Eles estão com medo da fragilidade da própria opinião.
O silêncio deles deve envergonhar a própria vaidade.

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