O teto do Bolsonaro
A grande incógnita da direita hoje é o teto do Bolsonaro. Chega, segundo as pesquisas, a 18% no primeiro turno e não passa de 30% no segundo. Bolsonaro tem a simpatia dos jovens de periferia e da classe média e de boa parte dos endinheirados e com curso superior.
É um candidato forte em todas as classes. Mas ele não é uma opção, é uma escolha por exclusão, para que cumpra sua função como antipetista e agressor das esquerdas, dos humanistas, dos gays e do que se mexer à sua frente.
Bolsonaro é tudo que a classe média reacionária e racista sempre quis ser e não podia, porque pais, tios, filhos e amigos não deixavam. Agora, tudo está liberado. Bolsonaro é o Enéas aperfeiçoado, com a diferença de que Enéas nunca diria que a Terra é plana.
Bolsonaro faz o serviço sujo, e isso já é bom para uma certa direita que se incomodou (e como se incomodou) com a invasão dos pobres em universidades, aviões e shoppings.
Mas só a Folha acreditou que o mercado gosta de Bolsonaro. O mercado não é imbecil. Só se for o mercado de armas, que no Rio Grande do Sul é forte.
Isso é tudo que ele consegue chegar, basta ver que com Lula fora do páreo ele praticamente empata com alguns candidatos e perde para Marina. Além disso, a globoLpista já está bombardeando ele. Capa de hoje do globo: a família bolsonaro. Notícia dá conta de que ele empregou parentes no gabinete dele e dos filhos. Claro, tudo dentro da lei. O apOio do mercado? É lenda! O mercado é tudo, menos burro! Não vai eMbarcar nessa aventura novamente. Ele não aguenta mais um tranco, qualquer marolinha pode afundar de forma irreversível a economia.